Responsável pelo esforço em prol da assinatura do acordo nuclear com o Irã, em 2015, o ex-presidente americano Barack Obama criticou nesta terça-feira (8) a decisão de seu sucessor, Donald Trump, de retirar Washington do pacto.
"Acredito que a decisão de colocar o JCPOA [nome oficial do acordo] em risco sem nenhuma violação iraniana do acordo é um erro sério", disse Obama em um comunicado.
À época da assinatura do acordo que limitou o programa nuclear iraniano, Obama declarou que o pacto era um "entendimento histórico" com Teerã.
Líderes europeus também criticaram a decisão de Trump e iniciaram uma ofensiva diplomática para tentar salvar o acordo, assinado por EUA, Irã, Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia.
Já outros aliados americanos, como Israel e Arábia Saudita, saudaram o anúncio de Trump.
"Israel acredita que o presidente Trump deu um passo histórico, e é por isso que Israel agradece ao presidente Trump por sua corajosa liderança, seu compromisso em confrontar o regime terrorista em Teerã e seu compromisso em assegurar que o Irã nunca consiga armas nucleares, nem hoje, nem em uma década, nem nunca", afirmou o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, que classificou o acordo atual como "receita para o desastre".
"O Irã usou seus ganhos econômicos com a derrubada das sanções para continuar suas atividades para desestabilizar a região, particularmente ao desenvolver mísseis balísticos e apoiar grupos terroristas na região", disse o regime saudita em comunicado na TV estatal.
A Arábia Saudita, país que segue o ramo majoritário do islã, o sunismo, disputa a hegemonia regional com o Irã, que segue o ramo xiita.
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