ONG pressiona para que emirados divulguem paradeiro de princesa de Dubai

Sheikha Latifa, 32, foi forçada a voltar após ter fugido de casa e agora está desaparecida

Imagem obtida de vídeo mostra Sheikha Latifa bint Mohammed Al Maktoum, filha do emir de Dubai - Detained in Dubai/AP
Dubai | Reuters

A ONG Human Rights Watch (HRW) pediu que as autoridades dos Emirados Árabes Unidos (EAU) informem o paradeiro e o estado de saúde da filha do emir de Dubai, após relatos de que ela foi forçada a retornar após ter fugido do emirado árabe.  

Segundo o grupo, a não divulgação da situação de Sheikha Latifa bin Mohammad al-Maktoum, 32, poderia qualificar como um desaparecimento forçado, dadas as evidências sugerindo que ela foi vista pela última vez sendo detida por autoridades dos EAU.

Uma fonte do governo de Dubai afirmou à agência Reuters que "Latifa está segura e bem com sua família", sem dar detalhes. 

A saga da filha do xeque Mohammed bin Rashid al-Maktoum ficou conhecida depois que ela divulgou um vídeo em que dizia que estava fugindo por causa das restrições impostas por sua família. 

Ela teria fugido com ajuda de amigos em um iate de propriedade do franco-americano Hervé Jaubert. A embarcação depois foi interceptada na costa da Índia.

Além de emir de Dubai, o xeque Mohammed é também o premiê e o vice-presidente dos EAU. 

"Uma testemunha disse à Human Rights Watch que as autoridades dos EAU interceptaram Sheikha Latifa em 4 de março enquanto ela tentava fugir para um terceiro país, e a devolveram ao emirado", disse o grupo em uma nota. 

A HRW citou duas amigas da princesa que disseram que não a haviam visto ou falado com ela nos últimos dois meses."Se ela estiver detida, ela precisa receber os mesmos direitos de todos os detidos, incluindo o de ser levada diante de um juiz independente", afirmou. 

A finlandesa Tiina Jauhiainen, descrita como uma amiga de Sheikha Latifa que estava no iate, disse à HRW que a Guarda Costeira da Índia participou da operação em coordenação com as autoridades dos EAU. 

Jauhiainen disse que no dia 22 de março, o emirado permitiu que ela voltasse para a Finlândia e que Jaubert também fosse embora com sua tripulação. 

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