Estava com um colecionador brasileiro a carta de Cristóvão Colombo que havia sido roubada da Biblioteca Nacional da Catalunha, na Espanha, e foi recuperada após uma investigação de sete anos realizada pelo governo dos Estados Unidos.
A impressão da carta do italiano Colombo, na qual o “descobridor” da América descreve à coroa espanhola os resultados de sua primeira expedição, foi vendida várias vezes após ser roubada no início dos anos 2000 —a última vez por mais de US$ 1 milhão (R$ 3,7 milhões) a um colecionador no Brasil, informou na quinta-feira (7) o Departamento de Justiça dos EUA. A identidade dele não foi divulgada.
O documento, impresso em 1493, fazia parte da coleção da biblioteca catalã desde 1918.
Uma investigação de sete anos que envolveu autoridades de Espanha, França e Brasil determinou que a carta de Colombo foi vendida por dois livreiros italianos, em novembro de 2005, pelo valor de € 600 mil (R$ 2,7 milhões).
Após ficar sabendo que duas impressões à mão da mesma carta —há ao todo 16 no mundo— tinham sido roubadas e substituídas por cópias em bibliotecas de Florença e do Vaticano, um especialista e um policial americano visitaram em 2012 a Biblioteca da Catalunha, em Barcelona, e determinaram que essa versão também era falsa.
Em março de 2013, as autoridades descobriram que a impressão à mão da carta de Colombo tinha sido revendida pela última vez em junho de 2011 por € 900 mil (R$ 4,1 milhões).
Depois de extensas negociações, a pessoa em posse da carta no Brasil concordou em entregá-la em 2014 a agentes da unidade de investigações da Polícia Federal brasileira.
As autoridades continuam investigando, mas ainda não houve prisões.
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