São Paulo As boas relações com Pyongyang e Washington, a proximidade com a Coreia do Norte e a restrição à liberdade de expressão ajudaram Singapura a ser escolhida para sediar a cúpula entre Donald Trump e Kim Jong-un.
Assim, o local foi considerado um palco isento para o encontro, algo que não aconteceria se ele fosse realizado na zona desmilitarizada entre as Coreias. Já países europeus, como a Suíça e Suécia, foram descartados devido a distância entre eles e Pyongyang.
Não se sabe exatamente o estado da envelhecida frota aérea norte-coreana, mas analistas acreditam que ela conseguirá fazer sem dificuldade os 4.700 quilômetros que separam o país de Singapura.
A grande infraestrutura de segurança foi outra vantagem do país, em especial frente à Mongólia, outra possível sede.
Singapura tem ainda tradição em receber cúpulas internacionais, como o encontro entre o líder chinês, Xi Jinping, e o então presidente taiwanês, Ma Ying-jeou, em 2015.
Segundo o ministro de Relações Exteriores de Singapura, o país foi procurado primeiro pelos EUA —e, na sequência, pela Coreia do Norte. “Nós não levantamos a mão, mas nos perguntaram”, disse ele.
Outro aspecto é a limitação que o governo estabelece para aglomerações públicas —manifestações precisam de autorização da polícia. O governo também exerce rígido controle sobre a imprensa desde Lee Kuan Yew (1923-2015).
Fundador do país e idealizador do modelo que transformou a cidade-Estado em um dos países mais ricos do planeta, ele comandou Singapura desde a independência da Malásia em 1965 até 1990. Hoje o premiê é seu filho Lee Hsien Loong, que assumiu em 2004.
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