Dois anos após plebiscito, manifestantes pedem nova votação sobre brexit

Partidários da permanência na União Europeia querem consulta sobre acordo final com bloco

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Grupo de manifestantes, com centenas de pessoas, aparece na foto do alto com várias bandeiras da União Europeia e cartazes. O que está à frente traz a mensagem "Reino Unido? O brexit destrói isso"
Manifestantes favoráveis à permanência do Reino Unido na União Europeia protestam neste sábado (23) em Londres pedindo nova votação sobre 'brexit' - Niklas Halle'n/AFP
Londres | AFP, Associated Press e Reuters

Cerca de 100 mil pessoas partidárias da permanência do Reino Unido na União Europeia protestaram neste sábado (23), dia que marca dois anos do plebiscito que levou ao ‘brexit’, por uma nova votação sobre a saída do bloco.

Os manifestantes pedem que a população seja consultada de novo sobre o acordo que a primeira-ministra, Theresa May, negocia com Bruxelas e que deverá levar ao fim do livre comércio e do livre trânsito de pessoas.

O grupo agitava bandeiras britânicas, irlandesas e europeias e cartazes em prol da votação, com mensagens como “17 milhões votaram em Adolf Hitler. 17 milhões votaram no ‘brexit’. 17 milhões podem estar errados.”

“Estou aqui para mostrar como um europeu é”, disse à Associated Press Matthew Mann, britânico que se casou com uma francesa e agora mora na Holanda. “Eu morei e trabalhei em vários lugares da Europa —é a minha casa.”

O protesto vem no momento em que a base do governo de May se divide sobre que tipo de relação teria com os membros da União Europeia: se haveria algum tipo de acordo de transição ou se a separação seria completa.

A campanha, chamada de O Voto do Povo, não é apoiada pelos conservadores nem pelos trabalhistas, embora uma ala do Partido Liberal-Democrata esteja envolvida. A previsão é que o acordo final seja votado no Parlamento.

Um dos principais defensores do ‘brexit’, o chanceler Boris Johnson disse, em artigo no tabloide The Sun, que os britânicos votaram pela liberdade em relação às regulações da UE e que qualquer cessão seria inoportuna.

Para ele, os eleitores não mudaram de opinião sobre seu voto dois anos atrás. “Eles [os eleitores] não querem um ‘brexit’ para ser usado como papel higiênico: fraco, flexível e com uma negociação parecendo infinita.”

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