Enchentes deixam dezenas de mortos e mais de 1 milhão de desalojados na Ásia

Chuvas atingem Índia e Bangladesh; autoridades temem por situação de refugiados rohingyas

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Daca (Bangladesh) e Guwahati (Índia) | Reuters

Enchentes geradas pelas chuvas no sul da Ásia mataram dezenas de pessoas e obrigaram mais de 1 milhão de moradores a deixarem suas casas, a maioria em Bangladesh e no nordeste da Índia, disseram autoridades nesta terça-feira (19). 

O rio Brahmaputra, que desce do Himalaia para a Índia e depois por Bangladesh, transbordou, inundando mais de 1.500 vilas pelo caminho na última semana. 

Homem caminha em vila alagada no estado de Assam, na Índia, um dos mais atingidos pela chuva
Homem caminha em vila alagada no estado de Assam, na Índia, um dos mais atingidos pela chuva - Anuwar Hazarika/Reuters

"A situação das enchentes segue crítica", disse à agência Reuters o ministro de Recursos Hídricos do estado indiano de Assam, Keshab Mahanta, um dos mais afetados pela água. 

"O escritório do clima está prevendo mais chuvas e tempestades para as próximas 48 horas", disse ele. Por isso, toda a região está em estado de alerta e o Exército indiano colocou helicópteros a disposição para ajudar nos resgates caso seja necessário. 

A expectativa é que o nível de água do rio Brahmaputra ainda aumente até o final da semana e, só depois,  comece a cair —isso caso não ocorram novas chuvas. 

As enchentes já mataram 20 pessoas e deslocaram cerca de 800 mil nos estados indianos de Assam, Tripura e Manipur. Já no vizinho Bangladesh são 11 mortes confirmadas e 250 mil pessoas que tiveram que deixar suas casas.  

Na última semana, desabamentos de terra causados pelas chuvas já tinham matado 12 pessoas no sudeste de Bangladesh, incluindo dois membros da minoria muçulmana rohingya que viviam em um campo de refugiados próximo a fronteira com Bangladesh. 

As autoridades locais temem que os campos estejam muito vulneráveis para enfrentar a temporada de chuvas que acabou de começar. O número de refugiados na região disparou após cerca de 700 mil rohingyas fugirem de Mianmar desde agosto do ano passado, quando os militares começaram uma campanha de perseguição contra a minoria

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