Erupção de vulcão na Guatemala deixa 62 mortos, 300 feridos e desaparecidos

Nuvem de cinzas do Vulcão de Fogo cobriu região da capital do país e fechou aeroporto

Cidade da Guatemala | AFP, Reuters e Associated Press

Pelo menos 62 pessoas morreram e 300 ficaram feridas após a erupção do Vulcão de Fogo, na Guatemala, neste domingo (3), que provocou uma nuvem de pequenas pedras e cinzas que cobriu a região da capital do país. A expectativa oficial é que o saldo de mortes aumente.

Segundo a Coordenação Nacional de Desastres (Conred), a lava avançou por 8 km desde a cratera, que fica a 3.763 metros de altitude. As nuvens de fumaça e cinzas chegaram aos 10 mil metros de altura nos momentos mais intensos.

A maioria das vítimas morreu queimada devido aos rios de lava e à avalanche de detritos que chegaram a temperaturas próximas aos 700°C ao vilarejo de El Rodeo, o mais próximo do vulcão.

"Foi um rio de lava que superou as margens dos rios normais e afetou El Rodeo. Há feridos, queimados e mortos", disse o secretário-geral da Conred, Sergio Cabañas.

Dentre os mortos, estão três crianças, duas delas atingidas pelos detritos em uma ponte. Quatro pessoas da mesma família também morreram quando sua casa foi queimada pela lava.

Houve mortes também nos municípios de Alotenango e San Miguel Los Lotes. Mais de 3.100 pessoas tiveram que deixar suas casas. Ainda há desaparecidos, mas as buscas serão retomadas às 5h locais (8h em Brasília).

As equipes informaram que não conseguiram chegar a um vilarejo, La Libertad, isolado pelos detritos vulcânicos. A nuvem cobriu as comunidades vizinhas e atingiu também a cidade histórica de Antigua, a 20 km de distância da cratera.

As cinzas também levaram ao fechamento do aeroporto da Cidade da Guatemala, a 40 km dali, e à restrição de voo em todo o país. Segundo o órgão de desastres, esta é a pior erupção dos últimos 40 anos do Vulcão de Fogo.

A cratera é uma das três ativas no país, junto com o Santiaguito e o Pacaya. Sua última erupção foi em janeiro, mas não deixou feridos. Em setembro de 2012, 33 mil habitantes tiveram que deixar suas casas em outra erupção.

 
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