Descrição de chapéu Coreia do Norte

EUA querem manter sanções até desnuclearização de Coreia do Norte

O secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que Seul, Tóquio e Pequim concordam com a medida

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Seul e Tóquio | Reuters

O secretário de estado americano, Mike Pompeo, disse nesta quinta-feira (14) que Washington, Tóquio, Pequim e Seul concordaram que as atuais sanções contra o governo norte-coreano devem continuar sendo aplicadas até que Pyongyang abra mão completamente de suas armas nucleares. 

"Nós vamos fazer a desnuclearização completa e, só então, haverá um relaxamento das sanções", afirmou ele após se encontrar em Seul com o presidente sul-coreano Moon Jae-in e com o ministro de Relações Exteriores do Japão, Taro Kono.

Ele depois seguiu para Pequim, onde repetiu a afirmação e disse ter recebido o apoio do governo chinês, que é o principal aliado de Pyongyang.  

Ao lado de Pompeo, o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, afirmou que todos apoiam a desnuclearização, mas que a questão não poderá ser resolvida do dia para a noite. 

A declaração vai de encontro as afirmações da Coreia do Norte, para quem o processo deve ser feito por etapas e com ações recíprocas —uma indiciação de que o país espera receber um relaxamento das sanções conforme as conversas avancem. 

Já Pompeo disse que o presidente americano Donald Trump deixou claro para o ditador Kim Jong-un a ordem que as coisas devem acontecer: primeiro a desnuclearização, depois o fim das sanções. 

A declaração conjunta feita pelos dois líderes após a cúpula da última terça (12) defende o fim das armas nucleares na península Coreana, mas não estabelece como será este processo.

Exercícios militares

Após o encontro com Kim, Trump também prometeu congelar os exercícios militares conjuntos que os EUA fazem com a Coreia do Sul, uma antiga reivindicação de Pyongyang. A declaração pegou Seul de surpresa, já que Washington não teria avisado o aliado que tomaria a medida. 

Nesta quinta, Moon, o presidente sul-coreano, disse que o país pretende manter uma política "flexível" para a questão e indicou que aceita discutir os exercícios conjuntos caso as negociações avancem.

"Se a Coréia do Norte realizar medidas sinceras de desnuclearização e as conversas com o Sul e com os EUA para resolver as hostilidades forem bem, será necessário mudar de forma flexível a pressão militar contra o Norte", disse ele. 

Em outro avanço diplomático de Pyongyang, tanto o premiê japonês quanto o presidente russo Vladimir Putin anunciaram —separadamente— que também pretendem se encontrar com o ditador da Coreia do Norte. 

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.