Papa aceita renúncia de mais dois bispos chilenos por escândalo de abusos

Ao todo, Francisco já aceitou a saída de cinco religiosos da cúpula da Igreja no país

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Vaticano | Reuters

O papa Francisco aceitou nesta quinta (28) a renúncia de mais dois bispos chilenos, aumentando para cinco o número de religiosos que deixaram a cúpula da Igreja Católica no país devido ao escândalo de acobertamento de denúncias de abuso sexual.

As renúncias aceitas são dos bispos Alejandro Goic Karmelic, de Rancagua, e Horacio del Carmen Valenzuela Abarca, de Talca, disse o Vaticano em um comunicado. Eles serão substituídos por administradores interinos que serão apontados pelo papa.

O papa Francisco durante sua reunião com os bispos chilenos em maio no Vaticano
O papa Francisco durante sua reunião com os bispos chilenos em maio no Vaticano - Osservatore Romano - 15.mai.2018/AFP

Francisco tinha aceitado em 11 de junho a renúncia de outros três bispos chilenos e já era esperado que o número aumentasse. 

Em maio, 34 bispos do país apresentaram uma renúncia coletiva durante o encontro com o pontífice em resposta ao escândalo de abuso sexual que derrubou a popularidade do catolicismo no país.

Goic, 78, fez um pedido de desculpas público no mês passado por não ter tomado as providências necessárias ao ter recebido as primeiras denúncias de abuso.

Já Valenzuela, 64, é um dos quatro bispos do país que tiveram como professor o padre Fernando Karadima, pivô dos casos de abuso.

O veterano religioso de 87 anos foi considerado culpado por uma investigação do Vaticano de ter abusado de garotos em Santiago entre os anos 1970 e 1980, apesar de negar as acusações.

Foi a nomeação em 2015 pelo próprio Francisco de um bispo ligado a Karadima —Juan Barros, um dos que teve a renúncia aceita em 11 de junho— que fez eclodir as críticas a Igreja no país.   

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