Parlamentares franceses se queixam de trabalhar demais por reformas de Macron

Deputados reclamam de jornadas de até 80 horas por semana em país onde o normal são 35

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Madri

Quando assumiu a Presidência da França em 2017, Emmanuel Macron prometeu uma ininterrupta agenda de reformas. Seus legisladores pedem agora, no entanto, uma interrupção. Seu trabalho tem sido tão intenso, dizem, que estão à beira da estafa.

REFORMAS AMBICIOSAS

Macron, eleito com 66% dos votos em um pleito histórico, rompendo com os grandes partidos tradicionais, insiste na aprovação de suas ambiciosas reformas o mais rápido possível.

O presidente quer deixar sua marca no país, que ele deve governar até no mínimo 2022 —trabalhando com o intenso ritmo com que se acostumou no mercado financeiro, onde ele atuava até recentemente rumar à política.

Algumas mudanças, no entanto, têm sido recebidas no país com extensa revolta.

Sua reformulação do mercado de trabalho, por exemplo, desagradou parte da esquerda. Segundo os críticos, os sindicatos perderam força com as transformações, que também facilitaram as demissões.

O conflito mais recente tem sido travado em torno da reforma do setor ferroviário, que levou a greves e à paralisação dos trens. Macron quer rever o status dos ferroviários e o financiamento de todo o setor.

O pacote completo, no entanto, engloba outras áreas, como as leis de imigração, de seguro-desemprego, de aposentadoria e mesmo a Justiça.

“Um cronograma imprevisível pode até ser parte do emprego, mas trabalhar nos finais de semana não deveria se tornar a norma”, disse em uma nota oficial a Associação de Funcionários Parlamentares.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.