Premiê grego cumpre promessa e usa gravata pela primeira vez em três anos

Alexis Tsipras afirmou em 2015 que só colocaria acessório quando dívida do país ficasse viável

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, após discursar para parlamentares aliados, em Atenas
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, após discursar para parlamentares aliados, em Atenas - Petros Giannakouris/Associated Press
Atenas | Reuters e Associated Press

Depois de mais de três anos no poder, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, usou uma gravata em público pela primeira vez. O motivo? A promessa de que só usaria o acessório quando chegasse a um acordo definitivo sobre a dívida pública grega.

Nesta sexta-feira (22), os ministros das Finanças da zona do euro chegaram a um acordo que dá condições mais favoráveis para o governo grego pagar o pacote de resgate acertado ainda em 2010.

Entre as medidas acertadas com os credores, estão a ampliação em dez anos do prazo de pagamento da dívida e mais um período de dez anos em que não vão incidir juros sobre esse débito.

O governo grego terá ainda que cumprir obrigações duras, como obter um ambicioso superávit primário (diferença entre arrecadação do governo e seus gastos, sem considerar o pagamento da dívida): em média de 3,5% do PIB até 2022 e de 2,2% de 2023 até 2060.

Apesar das exigências, o governo grego considera que o pagamento da dívida (a mais alta da zona do euro, representando cerca de 180% do PIB) agora é viável. Desde 2010, o país recorreu a três planos internacionais de resgate.

O resultado foi que Tsipras agora cumpriu sua promessa: usou uma gravata, ainda que só por quinze minutos e que tenha tirado o acessório na frente de todo mundo, em encontro com aliados em Atenas.

A escolha de Tsipras se tornou uma espécie de piada recorrente nos encontros com lideranças internacionais.

Ele foi questionado pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, no primeiro encontro entre os dois, sobre por que não estava usando uma gravata. O presidente da Comissão Europeia (braço executivo do bloco), Jean-Claude Juncker, chegou a oferecer sua em uma reunião.

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