Uso de redes sociais estagna em países ricos e avança nos pobres

Segundo pesquisa, região em desenvolvimento teve salto em usuários de internet e de smartphones

Os aparelhos estão em bandejas, com os celulares mais baratos à frente, seguidos pelos smartphones. Eles estão protegidos por dois guarda-sóis, um amarelo e um azul. As vendedoras são quatro mulheres, que aparecem conversando por trás das bandejas.
Vendedores mostram modelos de celulares, smartphones, tablets e outros eletrônicos em feira de Lagos, maior cidade da Nigéria - Akintunde Akinleye - 31.mai.17/Reuters
Danielle Brant
Nova York

Ante a crise de credibilidade decorrente da proliferação de notícias falsas em redes sociais, o uso desse tipo de site nos países desenvolvidos estagnou em 60%, mostra estudo do Pew Research Center divulgado nesta terça (19).

Nos países em desenvolvimento, porém, ele continua a avançar, alcançando 53% da população, ante 38% no levantamento anterior, de 2015.

O levantamento foi feito de fevereiro a maio de 2017 com 40,4 mil pessoas em 19 países em desenvolvimento e 17 economias avançadas. Aos dados foram somadas informações colhidas nos EUA em janeiro passado e na China em 2016.

No Brasil, 53% dos respondentes se declararam usuários de alguma rede social, média menor do que a dos argentinos (65%) e americanos (69%). Entre os países ricos, os europeus se mostram mais reticentes a essas plataformas, adotadas por 60% dos britânicos, 53% dos franceses e 40% dos alemães.

Dos países pesquisados, a Jordânia tem o maior índice de uso de redes sociais (75%), e a Indonésia, o menor (26%).

O intervalo entre os que acessam internet e usam redes sociais nos países em desenvolvimento (de 8 para 10) se mostrou menor do que aquele dos países ricos (de 7 para 10) —segundo o Pew, nos países emergentes a conexão é mais fácil por meio dessas plataformas.

Em três anos, o uso de internet saltou de 50% para 64% nos países em desenvolvimento e oscilou de 86% para 87% nos desenvolvidos.

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