Descrição de chapéu Governo Trump

EUA adiam para o ano que vem segundo encontro entre Trump e Putin

Washington diz que reunião só deve sair após investigação sobre envolvimento de Moscou em pleito

O presidente dos EUA, Donald Trump (à esquerda), cumprimenta o colega russo, Vladimir Putin, durante encontro em Helsinque, na Finlândia
O presidente dos EUA, Donald Trump, cumprimenta o colega russo, Vladimir Putin, durante encontro em Helsinque, na Finlândia - Kevin Lamarque - 16.jul.2018/Reuters
Washington | Reuters

 O presidente dos EUA, Donald Trump, quer que seu segundo encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, aconteça no próximo ano, depois que estiver encerrada a investigação federal sobre um possível envolvimento da Rússia nas eleições de 2006, segundo o assessor de Segurança Nacional, John Bolton, nesta quarta-feira (25).

“O presidente acredita que a próxima reunião bilateral com o presidente Putin deve ocorrer após o fim da caça às bruxas da Rússia, então concordamos que será depois do primeiro dia do ano”, afirmou Bolton em um comunicado.

O convite inicial feito pelo mandatário americano (e que Putin nunca confirmou oficialmente se aceitou) previa um encontro em Washington no outono americano (primavera no Brasil, período entre setembro e dezembro), período que ainda pode estar acontecendo a campanha para as eleições legislativas, marcadas para o início de novembro.

A proposta veio na sequência do encontro entre os dois líderes em Helsinque (Finlândia), no dia 16 de julho, em que muitos críticos —e até mesmo aliados de Trump— consideraram que o americano foi muito benevolente com o colega russo.

Agências de inteligência dos EUA concluíram que o governo da Rússia interferiu no pleito que elegeu Trump, em 2016, roubando dados de eleitores e promovendo desinformação pela internet.

Numa entrevista ao lado de Putin, Trump chegou a colocar em dúvida as conclusões do FBI sobre a interferência russa nas eleições, para voltar atrás no dia seguinte, após uma enxurrada de críticas.

Segundo o presidente, em uma de suas principais frases nas declarações com Putin, ele cometeu um erro: disse que não via motivos para acreditar que a Rússia “seria” a responsável pela intromissão eleitoral, em vez de “não seria”.

Ele afirmou ainda que tem “completa confiança” nas agências de inteligência do país e reconheceu que a Rússia interferiu no pleito de 2016.

Porém, na sequência aparentemente tentou minimizar sua declaração dizendo que “podem ter sido outras pessoas também. Há muita gente lá fora”.

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