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França expulsa terrorista envolvido em atentados de 2015

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Homem com cabelo com entradas e barba grisalha aparece de pé com casaco preto, calça verde e algemas nas mãos. À esquerda um outro homem com roupa preta está sentado de costas.
Desenhos das cenas do julgamento mostram Djamel Beghal durante uma das audiências; ele foi o mentor do autor do ataque a um mercado kosher em 2015 em Paris - Benoit Peyrucq - 7.out.14/AFP
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Considerado mentor de Chérif Kouachi e Amédy Coulibaly, dois dos autores dos atentados de janeiro de 2015 em Paris, o extremista argelino Djamel Beghal foi expulso da França e enviado de volta para seu país, depois de deixar a prisão francesa onde estava detido nesta segunda-feira (16), pela manhã.

Djamel Beghal, 52, perdeu sua nacionalidade francesa. Ele deixou o presídio de Vezin-le-Coquet, no oeste da França, por volta das 5h30, e foi conduzido ao aeroporto de Roissy, na região parisiense. Seu avião decolou para a Argélia por volta das 10h30 no horário local. Segundo os agentes penitenciários que o acompanharam, Beghal reagiu com calma e não ficou surpreso na hora de ir embora.

O extremista é monitorado pela polícia francesa desde os anos 90, e se tornou "candidato" à expulsão em 2007, depois de ser condenado a dez anos de prisão por terrorismo. Liberado em 2009, ele teve sua prisão residencial decretada, à espera de uma possível expulsão —uma solução rejeitada pela Corte Europeia dos Direitos Humanos.

Fotos mostram o terrorista ao lado de Coulibaly, que veio visitá-lo. Ele foi novamente preso em 2010 e passou quase 10 anos em isolamento. No presídio francês, ele cumpria sua segunda pena por um projeto de fuga, em 2010, de Smaïn Aït Ali Belkacem. Ex-integrante de um grupo radical armado argelino, Belkacem foi condenado à prisão perpétua por um atentado contra a estação Musée d'Orsay, no trem de subúrbio RER C, em 1995 em Paris.

Terrorista queria voltar para a Argélia

As autoridades francesas negociavam há muitos anos com o governo argelino o retorno de Beghal, que deixou o país quando tinha 21 anos, segundo a ministra da Justiça, Nicole Belloubet. O próprio extremista era favorável a essa decisão. "Há dez anos fomos contra essa opção porque havia risco de tortura. Mas o clima agora está tranquilo", disse sua advogada, Bérenger Tourné. No país, ao que tudo indica, ele poderá viver em liberdade depois de 17 anos de detenção na França.

Foi na prisão de Fleury-Mérogis, no subúrbio da França, que ele conheceu os irmãos Koachi e Coulibaly, os futuros autores dos atentados ocorridos em janeiro de 2015 contra o jornal satírico Charlie Hebdo e da mercearia judaica Hyper Cacher. Segundo os investigadores, Beghal é reconhecido no meio jihadista pelo seu conhecimento religioso.

Liberado em 2009, ele teve sua prisão residencial decretada, à espera de uma possível expulsão - uma solução rejeitada pela Corte Europeia dos Direitos Humanos. Fotos mostram o terrorista ao lado de Coulibaly, que veio visitá-lo. Ele foi novamente preso em 2010 e passou quase 10 anos em isolamento.

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