Hotel de Las Vegas palco de ataque em 2017 processa vítimas do massacre

MGM Resorts diz que objetivo é fazer com que familiares que entraram na Justiça desistam de ações

Los Angeles | AFP

As vítimas do massacre de Las Vegas estão sendo processadas pelo hotel de onde um atirador disparou contra a multidão que assistia a um show de música country no dia 1º de outubro de 2017.

A MGM ​Resorts, proprietária do hotel Mandalay Bay, abriu os processos em um tribunal de Las Vegas e outro de Los Angeles, na sexta-feira (13).

Segundo o hotel, os processos não pretendem obter qualquer compensação financeira das cerca de 2.500 pessoas que acionaram o grupo MGM por negligência, apenas que desistam de suas ações. 

O grupo, que tem uma dezena de grandes hotéis-cassinos em Las Vegas, disse à agência de notícias AFP nesta terça-feira (17) que procura uma solução rápida para os milhares de processos de sobreviventes ou de familiares de vítimas que responsabilizam o Mandalay Bay pelo massacre.

O grupo hoteleiro se ampara na lei federal de Segurança ('Safety Act'), que isenta de responsabilidade por atos de terrorismo ou ataques a tiros em massa as instituições que utilizam serviços de segurança certificados pelo departamento de Segurança Nacional".

 
Na noite de 1º de outubro de 2017, Stephen Paddock, um americano de 54 anos, atirou contra o público que assistia ao show de música country ao ar livre, matando 58 pessoas e ferindo mais de 500.

Paddock disparou com armas que levou para seu quarto no 32º andar do Mandalay, e se matou antes da chegada da polícia.

O advogado Robert Eglet, que representa algumas vítimas, disse que as ações da MGM Resorts são "a coisa mais escandalosa que vi em 30 anos de carreira" e afirmou que a empresa contratada para o festival Route 91 —a CSC— "não proporcionava segurança para o Mandalay Bay" durante ou antes do massacre .

O grupo de apoio às vítimas Route 91 Strong disse estar "profundamente triste" com a ação da MGM contra muitas vítimas que permanecem traumatizadas e, inclusive "à beira do suicídio", e outras que "perderam seus empregos e suas casas".

A decisão da MGM provocou também uma enxurrada de críticas nas redes sociais.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.