As vítimas do massacre de Las Vegas estão sendo processadas pelo hotel de onde um atirador disparou contra a multidão que assistia a um show de música country no dia 1º de outubro de 2017.
A MGM Resorts, proprietária do hotel Mandalay Bay, abriu os processos em um tribunal de Las Vegas e outro de Los Angeles, na sexta-feira (13).
Segundo o hotel, os processos não pretendem obter qualquer compensação financeira das cerca de 2.500 pessoas que acionaram o grupo MGM por negligência, apenas que desistam de suas ações.
O grupo, que tem uma dezena de grandes hotéis-cassinos em Las Vegas, disse à agência de notícias AFP nesta terça-feira (17) que procura uma solução rápida para os milhares de processos de sobreviventes ou de familiares de vítimas que responsabilizam o Mandalay Bay pelo massacre.
O grupo hoteleiro se ampara na lei federal de Segurança ('Safety Act'), que isenta de responsabilidade por atos de terrorismo ou ataques a tiros em massa as instituições que utilizam serviços de segurança certificados pelo departamento de Segurança Nacional".
Paddock disparou com armas que levou para seu quarto no 32º andar do Mandalay, e se matou antes da chegada da polícia.
O advogado Robert Eglet, que representa algumas vítimas, disse que as ações da MGM Resorts são "a coisa mais escandalosa que vi em 30 anos de carreira" e afirmou que a empresa contratada para o festival Route 91 —a CSC— "não proporcionava segurança para o Mandalay Bay" durante ou antes do massacre .
O grupo de apoio às vítimas Route 91 Strong disse estar "profundamente triste" com a ação da MGM contra muitas vítimas que permanecem traumatizadas e, inclusive "à beira do suicídio", e outras que "perderam seus empregos e suas casas".
A decisão da MGM provocou também uma enxurrada de críticas nas redes sociais.
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