Menina de 12 anos é estuprada por 22 homens durante sete meses na Índia

Gravações do abuso seriam divulgadas se garota denunciasse agressores, diz investigação

Mulher protesta contra estupro de duas crianças, em Nova Délhi, na Índia - Cathal McNaughton - 12.abr.18/Reuters
Nova Délhi | Reuters

Pelo menos 22 pessoas, entre eles seguranças, ascensoristas e encanadores, estupraram uma menina de 12 anos com problemas de audição por mais de sete meses, na cidade de Chennai, na Índia, informou o jornal India Times citando fontes policiais.

Dezoito suspeitos foram presos, sob acusação de estupro, tentativa de assassinato e intimidação, e a polícia busca os demais.

Os abusos aconteceram em um complexo de apartamentos em Purasawalkam, onde a menina vivia.

Em média, mais de 100 casos de estupros de mulheres foram denunciados por dia na Índia em 2016. Em seis deles, a vítima tem menos de 12 anos. 

Segundo investigadores, os acusados sedavam a menina com injeções e drogas antes de estuprá-la. As agressões foram gravadas em vídeo.

A garota foi ameaçada com a exposição dos vídeos e mais violência caso falasse sobre os estupros.

"Isso se prolongou até que a menina compartilhou com sua irmã e uma colega o abuso que vinha sofrendo", afirmou ao India Times o oficial. "A irmã informou os pais, que levaram o caso à polícia feminina de  Ayanavaram."

A menina contou à polícia que o primeiro a estuprá-la foi o ascensorista Ravi, 66. Três dias depois, ele trouxe dois amigos. Em seguida, outros homens começaram a participar das agressões repetidamente. 

"Ravi pegava a criança tão logo ela chegava da escola na van escolar e a levava para o porão, para banheiros, para o terraço ou a sala de ginástica, onde ele e seus cúmplices a estupravam", afirmou o oficial ao India Times. "Muitos dos apartamentos estavam desocupados, então os agressores tinham poucos obstáculos para cometer o crime." 

Ainda segundo o jornal indiano, o pai da menina trabalhava fora o dia inteiro e a mãe pensava que ela estava brincando com amigas.

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