Antes apátridas, meninos da caverna recebem cidadania da Tailândia

Documento de identidade foi entregue nesta quarta a quatro deles

Bangcoc | Reuters e AFP

Três meninos e o técnico de futebol que foram resgatados de uma caverna na Tailândia e eram apátridas receberam cidadania da Tailândia nesta quarta-feira (8). 

Apesar de terem nascido na Tailândia, eles eram considerados apátridas até que o governo verificasse suas qualificações, entre elas as certidões de nascimento, e aprovasse o pedido de cidadania.

 

"Hoje, todos vocês têm nacionalidade tailandesa", proclamou o chefe do distrito de Mae Sai, durante uma cerimônia nesta quarta, durante a qual foi entregue a documentação de identidade

Na Tailândia, vivem cerca de 480 mil pessoas apátridas. A maioria é oriunda de tribos nômades e de outros grupos étnicos presentes em territórios próximos à fronteira, como Mianmar, Laos e o sudeste da China. 

O Alto Comissariado das Nações Unidas para o Refugiado (Acnur) celebrou a decisão do governo tailandês.

"Ao dar a esses meninos e ao técnico cidadania, a Tailândia lhes deu uma chance de sonhar por um futuro melhor e alcançar seu potencial total", afirmou Carol Batchelor, assessora especial do Acnur sobre

"Ao dar a ​eles cidadania, a Tailândia lhes deu uma identidade formal que irá pavimentar o caminho para que alcancem suas aspirações." 

Os 12 menores, com idades entre 11 e 16 anos, membros da equipe de futebol "Javalis Selvagens", ficaram presos de 23 de junho a 10 de julho na caverna de Tham Luang, uma das maiores da Tailândia.

Depois de um resgate no qual todos saíram vivos e que foi considerado quase um milagre, eles ficaram uma semana hospitalizados e, depois, foram enviados para um templo budista. Saíram de lá no sábado passado, com as cabeças raspadas, mas sem a veste de principiantes que usavam quando entraram.

Durante as operações de resgate, informou-se que quatro dos garotos não tinham nacionalidade tailandesa, o que aumentou a pressão sobre o governo para que lhes fosse concedida.

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