A Comissão de Economia da Assembleia Nacional, à qual pertence o deputado opositor José Guerra, é a única instituição pública a divulgar índices de inflação da Venezuela desde 2016, quando o chavismo divulgou seu último cálculo da alta de preços no país.
Assim como o grupo, a Assembleia Nacional continua a se reunir ao lado da Assembleia Constituinte, declarando ilegais todas as medidas da vizinha, que não reconhecem.
O Parlamento é considerado oficial pelos EUA, a União Europeia e os países das Américas do chamado Grupo de Lima —que rejeita a Constituinte—, do qual o Brasil faz parte.
Na quarta (1º), o plenário declarou pela terceira vez o abandono de cargo de Maduro, após pedido dos juristas escolhidos por eles em julho de 2017 para compor o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).
Acusado de traição à pátria pelo regime, o grupo deixou o país para não ser preso e se reúne em Bogotá, mesma cidade onde despacha a chavista Luisa Ortega Díaz, procuradora-geral cassada pela Constituinte. Também estão no exterior deputados como o ex-presidente da Casa Julio Borges e José Manuel Olivares.
Na Venezuela, a oposição aprofundou suas divisões depois que o ex-governador Henri Falcón concorreu à Presidência em maio. Tanto a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática quanto a nova Frente Ampla Venezuela Livre passam por dificuldades.
"O principal problema da oposição é a disputa pelo poder. Por isso a maioria da população não sente confiança nesses líderes. É preciso oferecer uma aliança com uma mensagem de credibilidade, de esperança e de liderança contra a crise", disse o presidente do Instituto Datanálisis, Luis Vicente León.
Guerra disse que a oposição deve anunciar uma união nos próximos dias, mas defende que se faça uma autocrítica. "Há uma situação social explosiva que cria condições para a mudança e, para isso, requere-se uma oposição coesa e com programa claro."
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