Avião militar usado na Segunda Guerra cai na Suíça e deixa 20 mortos

Junkers JU52 foi construído em 1939 e era parte da Força Aérea da Alemanha nazista

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Flims (Suíça) | AFP

A queda de um avião militar de 1939 na Suíça deixou 20 mortos no sábado (4), quando o trimotor construído na Alemanha nazista se chocou contra uma montanha.

"A polícia tem a triste certeza de que os 20 passageiros morreram", afirmou a porta-voz Anita Senti em uma entrevista coletiva organizada em Flims, perto do Piz Segnas, uma montanha de 3.000 metros. 

O avião, um Junkers JU52 HB-HOT, construído em 1939 na Alemanha, pertencia à empresa JU-Air, criada em 1982 por um grupo de amigos da Força Aérea.

O JU52 foi fabricado pela empresa alemã Junkers de 1930 até os anos 1950. Utilizado por várias companhias aéreas, assim como pela aviação militar, para o transporte ou bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), era um dos principais modelos da Luftwaffe, a Força Aérea Alemã.

No momento do acidente, o avião tinha todos os assentos ocupados: 17 para passageiros e três para membros da tripulação. A bordo viajavam 11 homens e nove mulheres, incluindo um casal austríaco e seu filho, informou a polícia.

A aeronave bateu contra a face oeste do pico Piz Segnas, nos Alpes, a uma altura de 2.540 metros, no cantão suíço de Grisons (leste do país).

Ainda no sábado, o chefe de polícia de Grisons, Andreas Tobler, disse: "Não há mais esperança de encontrar alguém com vida".

Kurt Waldmeier, presidente da empresa JU-Air, afirmou aos jornalistas que o avião não tinha nenhum problema técnico e que em julho passou por uma inspeção de manutenção.

De acordo com a imprensa suíça, os passageiros retornavam de uma viagem turística a Locarno, no sul do país, onde haviam desembarcado na manhã de sexta-feira (3).

O pouso estava previsto para 17h de sábado (12h de Brasília) no aeroporto militar de Dubendorf, perto de Zurique.

O jornal 20 Minutes cita uma testemunha que estava em um refúgio da montanha no momento do acidente. "O avião deu um giro de 180 graus para o sul e caiu como uma pedra no chão", disse.

De acordo com a mesma fonte, os destroços estão em uma área muito reduzida, o que descartaria a hipótese de explosão.

Em seu site, a empresa JU-Air informa que tem quatro aeronaves Junker de 1939 e que transportou mais de 14.000 passageiros em 2014 em voos charter ou em batismos aéreos. Seus pilotos são ex-militares e pilotos profissionais, todos voluntários.

A empresa cita apenas um acidente, em 1987, em um aeroporto da Alemanha e que não teria deixado vítimas.

Este tipo de avião não tem caixa-preta. A investigação terá como base os depoimentos de testemunhas e a análise dos destroços.

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