O governo do Equador decretou estado de emergência nesta quarta-feira (8) em três províncias do país devido à entrada de mais de 10 mil venezuelanos desde o início deste mês pela fronteira com a Colômbia.
O fluxo inesperado começou no fim de semana, devido ao boato de que o presidente colombiano, Iván Duque, fecharia as fronteiras assim que tomasse posse, na terça (7). Até o momento Bogotá não anunciou nenhuma mudança migratória.
A emergência atinge as províncias de Carchi, onde fica a divisão fronteiriça, El Oro e Pichincha, onde fica a capital, Quito.
Segundo a Comissão de Operações de Emergência, a intenção é esvaziar a ponte internacional de Rumichaca, na qual a fila de pessoas para atravessar tomou as duas pistas para carros na terça, o dia mais crítico.
As autoridades migratórias equatorianas afirmam que uma média de 4.200 venezuelanos entrou pela passagem por dia desde o fim de semana. O governo quer evitar também que se acampe na ponte, como ocorreu nos últimos dias.
O governo ainda tenta organizar com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a Organização Internacional para Migrações e a prefeitura de Quito, maior cidade da região, um plano de emergência.
O Equador não é um dos principais países que recebem venezuelanos na América do Sul, mas faz parte da rota dos que vão para o sul do continente, principalmente Peru e Chile.
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