EUA impõem sanções a militares de Mianmar por repressão a rohingyas

Ação precede divulgação de relatório que investigou crimes contra minoria muçulmana

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Washington | Reuters

Os Estados Unidos impuseram sanções a quatro militares e comandantes de polícia e duas unidades do Exército de Mianmar nesta sexta-feira (17), acusando-os de "limpeza étnica" contra muçulmanos rohingyas e abusos generalizados de direitos humanos na nação do Sudeste Asiático.

As sanções do Departamento do Tesouro são as ações americanas mais duras até o momento em reação à repressão de Mianmar à minoria rohingya, que começou no ano passado e levou mais de 700 mil pessoas a fugir para o vizinho Bangladesh e deixou milhares de mortos.

Mas o governo Trump não visou os escalões mais altos dos militares de Mianmar e tampouco chegou a classificar a campanha anti-rohingya como crimes contra a humanidade ou genocídio, o que foi tema de debate dentro do governo dos EUA.

As medidas foram anunciadas no momento em que, segundo autoridades do EUA, o secretário de Estado Mike Pompeo se prepara para revelar as descobertas de uma investigação abrangente de seu país sobre as supostas atrocidades das autoridades de Mianmar contra os rohingya na região de Rakhine.

A divulgação do relatório, um compilado de entrevistas em campos de refugiados em Bangladesh, deve ocorrer perto do primeiro aniversário das ações sangrentas ocorridas em 25 de agosto de 2017.

"Forças de segurança birmanesas se envolveram em campanhas violentas contra comunidades de minorias étnicas em toda o Mianmar, incluindo limpeza étnica, massacres, agressões sexuais, execuções extrajudiciais e outros abusos graves de direitos humanos", disse a subsecretária do Tesouro para o Terrorismo e a Inteligência Financeira, Sigal Mandelker.

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