O êxodo de migrantes da Venezuela está se aproximando de um "momento de crise" comparável à fuga de refugiados pelo Mediterrâneo, afirmou nesta sexta-feira (24) a agência da ONU para migração.
Na próxima semana, representantes de Colômbia, Equador e Peru se encontram para buscar soluções para o grande fluxo de venezuelanos que estão recebendo.
Peru e Equador restringiram neste mês as regras para a entrada de venezuelanos, enquanto no Brasil confrontos com a população do estado de Roraima fizeram com que muitos migrantes retrocedessem à fronteira.
Descrevendo esses eventos como sinais de aviso, o porta-voz da Organização para a Migração Internacional (OIM), Joel Millman, disse que fundos e maneiras de gerenciar a crise devem ser alcançados.
"Isso está escalando para um momento de crise que vimos em outras partes do mundo, particularmente no Mediterrâneo", afirmou.
Na quinta, a OIM e o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) pediu que os países da América Latina facilitem a entrada dos venezuelanos. Estima-se que mais de 1,6 milhão tenham deixado o país desde 2015.
Andrej Mahecic, porta-voz do Acnur, disse que os governos fizeram esforços "louváveis" apesar de sua capacidade de recepção e de os serviços locais terem ficado sobrecarregado.
Mas "imagens alarmantes" surgiram na região na última semana.
"Essa crescente estigmatização daqueles que são forçados a fugir colocam em risco os esforços para sua integração", disse.
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