Um general venezuelano foi preso acusado de participação no suposto atentado contra o ditador Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (14) o procurador-geral Tarek William Saab.
O general da Guarda Nacional Bolivariana Alejandro Pérez Gámez comparaceu na segunda-feira diante de um juiz, ao lado do deputado oposicionista Juan Requesens e do coronel Pedro Javier Zambrano.
Pérez Gámez exercia a função de "diretor dos serviços de manutenção da ordem interna" na Guarda Nacional, segundo a instituição.
Ao todo, 14 foram detidas e denunciadas pela participação no suposto ataque em 4 de agosto, em que drones com explosivos parecem ter sido direcionados contra palco em que Maduro fazia discurso em Caracas.
Saab disse que é possível que haja outras detenções.
Maduro culpou "células terroristas" nos EUA e na Colômbia pelo ataque. O deputado oposicionista Julio Borges, que vive na Colômbia, foi apontado como mentor, e sua captura internacional foi pedida à Interpol.
"Há uma caça às bruxas contra generais e almirantes", como parte de uma "purga desatada desde a subida de Maduro ao poder", disse a especialista em temas militares Rocío San Miguel.
"Tenho a impressão de que há um alto grau de instabilidade interna", afirmou.
Em maio, quatro dias depois de sua reeleição, Maduro anunciou a captura de um grupo de militares acusados de um complô contra as eleições.
Até julho, 150 membros das Forças Armadas haviam sido detidos "por motivos políticos", segundo a ONG Justiça Venezuelana.
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