Um homem tentou atacar uma delegacia de polícia com uma faca nesta segunda-feira (20), em Cornellá de Llobregat, próximo a Barcelona, na Catalunha, e foi morto a tiros.
"É um atentado. Houve uma agressão clara contra a vida de um policial, o indivíduo pronunciou as palavras 'Alá e grande'. São indícios mínimos para tratar a investigação como a de um ato terrorista", afirmou à imprensa Rafel Comes, chefe da polícia regional catalã, os Mossos d'Esquadra.
O agressor, que tinha um documento indicando ser argelino, mas cuja identidade ainda está sendo verificada, tinha "uma vontade claramente homicida e determinada" quando atacou uma agente, que, "a fim de salvar sua própria vida, usou de uma arma de fogo, causando a morte do indivíduo", disse ainda.
O homem, um morador de Cornellá de Llobregat, teria 29 anos e chegou à delegacia por volta das 05h45 local. Como a porta estava fechada, tocou o interfone insistentemente dizendo que queria fazer uma consulta.
O fato ocorre dias depois que a Catalunha recordou o primeiro aniversário dos atentados jihadistas de Barcelona e Cambrils, que deixaram 16 mortos.
Por ora, o governo mantém o dispositivo de alerta terrorista no nível 4 de 5, vigente desde 2015.
Depois do ataque abortado, a polícia pediu a todas as delegacias da Catalunha que aumentem preventivamente suas medidas de proteção. A agente que matou o agressor e outro policial que a ajudou estão recebendo ajuda psicológica.
A delegacia de Cornellá de Llobregat, um município de classe operária de 86.000 habitantes ao sul de Barcelona, foi isolada depois do ataque.
Os agentes da polícia revisitaram o imóvel onde o agressor morava, a apenas alguns metros da delegacia.
Uma vizinha dele, Conchi García, contou que o hojem se mudou há dois anos e vivia com a esposa e duas filhas.
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