Mensagem atribuída a líder do Estado Islâmico pede que militantes sigam lutando

Áudio que seria de Abu Bakr al-Baghdadi foi publicado por braço de mídia do grupo terrorista

Reuters

O líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, disse em sua primeira mensagem a seguidores em quase um ano que os militantes do grupo devem continuar lutando, apesar de derrotas recentes. Um arquivo de áudio da fala de Baghdadi, de 55 minutos, foi publicado na página do braço de mídia do grupo terrorista.

Imagem de vídeo divulgado pelo Estado Islâmico mostra o líder Abu Bakr al-Baghdadi em Mossul
Imagem de vídeo divulgado pelo Estado Islâmico mostra o líder Abu Bakr al-Baghdadi em Mossul - 5.jul.14/Al-Furqan/AFP

Baghdadi elogiou os que chamou de "leões que atacam", os responsáveis por atentados recentes no Canadá e na Europa. Ele pediu que os seguidores do grupo usem bombas, facas e carros para fazer ataques.

O líder também ofereceu cumprimentos pela festa islâmica do Eid al-Adha, celebrada nesta semana, o que sugere que a mensagem pode ter sido gravada recentemente.

"Para os mujahideen [guerreiros sagrados], a escala da vitória ou da derrota não depende de uma cidade ter sido tomada ou sujeita a superioridade aérea, mísseis intercontinentais ou bombas inteligentes", disse Baghdadi na mensagem em árabe publicada pelo Al-Furqan, braço de mídia do EI.

"Ó soldados do califado [...] confiem na promessa de Deus e em sua vitória [...], porque junto com as dificuldades vem o alívio e um caminho a seguir", disse ele.

Não há confirmação de que a voz no áudio seja mesmo de Baghdadi. O EI, que até o ano passado controlava grandes áreas na Síria e no Iraque, tem sido expulso de cidades em direção ao deserto depois de uma série de derrotas militares contra coalizões internacionais.

Baghdadi, que se declarou líder de todos os muçulmanos em 2014 depois de capturar a cidade de Mossul, no Iraque, pode estar escondido na região da fronteira entre Iraque e Síria. 

O EI tem reivindicado a autoria de ataques pelo mundo, como o atentado a tiros em Toronto em 22 de julho, que deixou 2 mortos e 13 feridos. Em vários casos, porém, autoridades afirmam não haver confirmação de elo entre os terroristas e o grupo.

O líder do EI tem sido alvo de relatos de que estaria morto ou ferido desde uma campanha militar no norte do Iraque. 

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