Arquiteto Renzo Piano diz que ajudará a reconstruir ponte em Gênova, sua cidade natal

Piano diz que é sua missão participar do projeto de reconstrução da ponte Morandi

O arquiteto italiano Renzo Piano durante entrevista coletiva, na Alemanha - Fabrizio Bensch/Reuters

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o arquiteto italiano Renzo Piano disse que "ficaria feliz" em ajudar a reconstruir a ponte de Gênova, após a tragédia em sua cidade natal.

Piano que é considerado um dos maiores arquitetos do mundo e tem entre seus trabalhos, o edifício londrino Shard London Bridge (em formato de pirâmide e com 310 metros de altura) e o Centro Georges Pompidou, em Paris.

"Eu já disse que ficaria feliz [de estar envolvido] porque essa é a minha missão", disse ele ao Observer. "Eu também sou senador vitalício [no parlamento italiano] e, portanto, é um dos meus deveres responder a esse desastre de alguma forma."

O arquiteto reside em Paris, mas tem um escritório na cidade onde a ponte Morandi desabou matando ao menos 43 pessoas.

"Uma coisa é certa, deve ser bonita —não no sentido de cosméticos, mas em transmitir uma mensagem de verdade e orgulho", afirmou Piano.

"Deve ser um lugar onde as pessoas possam reconhecer a tragédia de alguma forma, ao mesmo tempo que proporcionam uma ótima entrada para a cidade. Tudo isso deve ser feito sem qualquer sinal de retórica —essa seria a pior armadilha", afirmou o arquiteto ao jornal.

MORTES E INQUÉRITO

A ponte Morandi desabou no último dia 14, durante uma tempestade na cidade de Gênova, no norte da Itália, quando mais de 30 veículos passavam sobre a construção. 

Os motivos do desabamento ainda estão sendo investigados e são motivo de inquéritos da polícia, da Justiça e do Executivo federal. 

A construção é de 1967 e possuía 1.182 metros de extensão. 

Segundo Danilo Toninelli, ministro dos Transportes da Itália, "não há manutenção, fiscalização ou trabalho de segurança nas pontes e viadutos da Itália, sendo que a maioria foi construída na década de 1960".

O governo da Itália iniciou no dia 17 os procedimentos para revogar a concessão de operação da Autostrade per l’Italia, empresa responsável pela manutenção da estrada onde ficava a ponte Morandi.

 
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