Descrição de chapéu Governo Trump

Trump diz que não há razão para gastar com exercício militar na Coreia do Sul

Secretário de Defesa dos EUA havia dito que simulações de guerra poderiam ser retomadas

Washington

O presidente americano Donald Trump afirmou nesta quarta (29) que seu relacionamento com o líder norte-coreano Kim Jong-un é "muito bom e caloroso" e que não há razões para gastar grandes quantias de dinheiro em exercícios militares com a Coreia do Sul neste momento. 

Blindados durante treinamento militar da Coreia do Sul com os Estados Unidos em abril deste ano em Pohang
Blindados durante treinamento militar da Coreia do Sul com os Estados Unidos em abril deste ano em Pohang - Kim Hong-ji - 5.abr.18/Reuters

Disse, no entanto, que pode recomeçar os exercícios militares com Coreia do Sul e Japão "se assim o desejar". Nesse caso, seriam "muito maiores do que antes".

A declaração foi feita um dia depois de o secretário de defesa americano James Mattis afirmar que não pretende suspender futuros exercícios na península coreana. Segundo ele, o cancelamento dos últimos exercícios foram um ato de "boa fé".

Em junho, após se reunir com Kim Jong-un em Singapura, Trump decidiu suspender as simulações na Coreia do Sul, o que críticos viram como uma concessão precoce ao líder norte-coreano.

Outro fator que estremeceu a relação entre Washington e Pyongyang nos últimos dias foi o cancelamento da viagem que uma delegação americana faria à Coreia do Norte nesta semana.

A decisão veio após a Agência Internacional de Energia Atômica divulgar relatório em que disse ter graves preocupações sobre o programa nuclear do país.

Os meios de comunicação estatais da Coreia do Norte culparam há alguns dias os opositores políticos de Trump pela falta de avanço nas negociações sobre a desnuclearização do país e pediram para o republicano ter coragem e avançar na questão.

Durante a tarde, o presidente americano também afirmou que a Coreia do Norte está sob "tremenda pressão" por causa da guerra comercial entre Estados Unidos e China, e que o auxílio chinês a Pyongyang por meio de dinheiro, combustível, fertilizantes e outras commodities "não ajuda".

Sobre as disputas comerciais com a China, o republicano disse que serão resolvidas com o "grande presidente chinês Xi Jinping", com quem diz ter "um relacionamento e vínculo muito fortes".

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