Cerca de 400 presos escapam de penitenciária em Trípoli, na Líbia

ONU pede reunião entre líderes de milícias rivais que vêm se confrontando há uma semana

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Trípoli | Reuters
Carro danificado durante confrontos entre milícias rivais em Trípoli, na Líbia, em foto de 30 de agosto de 2018.
Carro danificado durante confrontos entre milícias rivais em Trípoli, na Líbia, em foto de 30 de agosto de 2018. - Hani Amara/REUTERS

Cerca de 400 presos escaparam de uma penitenciária na capital da Líbia, Trípoli, neste domingo, em meio a tensões crescentes por causa dos confrontos entre milícias rivais na cidade. A missão da ONU na Líbia pediu que os líderes das milícias se reúnam nesta terça-feira (4) para negociar uma trégua no conflito.  

Os presidiários forçaram os portões da prisão Ain Zara e os guardas não conseguiram impedi-los, um funcionário do judiciário líbio afirmou, confirmando uma declaração da polícia em uma rede social. O funcionário pediu para não ser identificado e não deu mais detalhes.

A prisão fica na zona sul de Trípoli, onde confrontos pesados entre as milícias acontecem há uma semana. 

Separadamente, um míssil atingiu o campo al-Fallah, de deslocados do povo Tawergha, matando duas pessoas e ferindo sete. Os Tawergha foram forçados a deixar sua cidade, que fica perto de Misrata, durante a intervenção da OTAN que levou à deposição do ditador Muammar Gaddafi, em 2011, e foram impedidos de voltar.

No sábado (1), um míssil havia atingido o hotel Waddan, na região central de Tripoli, perto da embaixada da Itália. três pessoas ficaram feridas. 

Começaram na semana passada os choques entre a Sétima Brigada (Kaniyat) de Tarhouna, cidade a 65 quilômetros de Trípoli,  e as Brigadas Revolucionárias de Trípoli e os Nawasi, dois dos principais grupos armados da cidade. O governo baseado em trípoli, que tem apoio da ONU, declarou estado de emergência na capital devido à "seriedade da situação atual". Apesar de o governo estar formalmente no poder, ele não controla a capital, onde os grupos armados o apoiam mas agem com autonomia. 

A missão da ONU na Líbia conclamou "os vários grupos envolvidos" a se reunirem na terça-feira (4) para "um diálogo urgente sobre a situação da segurança".

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