Cerca de 400 presos escaparam de uma penitenciária na capital da Líbia, Trípoli, neste domingo, em meio a tensões crescentes por causa dos confrontos entre milícias rivais na cidade. A missão da ONU na Líbia pediu que os líderes das milícias se reúnam nesta terça-feira (4) para negociar uma trégua no conflito.
Os presidiários forçaram os portões da prisão Ain Zara e os guardas não conseguiram impedi-los, um funcionário do judiciário líbio afirmou, confirmando uma declaração da polícia em uma rede social. O funcionário pediu para não ser identificado e não deu mais detalhes.
A prisão fica na zona sul de Trípoli, onde confrontos pesados entre as milícias acontecem há uma semana.
Separadamente, um míssil atingiu o campo al-Fallah, de deslocados do povo Tawergha, matando duas pessoas e ferindo sete. Os Tawergha foram forçados a deixar sua cidade, que fica perto de Misrata, durante a intervenção da OTAN que levou à deposição do ditador Muammar Gaddafi, em 2011, e foram impedidos de voltar.
No sábado (1), um míssil havia atingido o hotel Waddan, na região central de Tripoli, perto da embaixada da Itália. três pessoas ficaram feridas.
Começaram na semana passada os choques entre a Sétima Brigada (Kaniyat) de Tarhouna, cidade a 65 quilômetros de Trípoli, e as Brigadas Revolucionárias de Trípoli e os Nawasi, dois dos principais grupos armados da cidade. O governo baseado em trípoli, que tem apoio da ONU, declarou estado de emergência na capital devido à "seriedade da situação atual". Apesar de o governo estar formalmente no poder, ele não controla a capital, onde os grupos armados o apoiam mas agem com autonomia.
A missão da ONU na Líbia conclamou "os vários grupos envolvidos" a se reunirem na terça-feira (4) para "um diálogo urgente sobre a situação da segurança".
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