Israelense é morto a facadas na Cisjordânia

Israel lamenta a morte, e Hamas diz que foi resposta a crimes contra palestinos

Policiais examinam local em que israelense foi morto por palestino na entrada de um shopping na Cisjordânia
Policiais examinam local em que israelense foi morto por palestino na entrada de um shopping na Cisjordânia - Ahmad Gharabli/AFP
Gush Etzion (Cisjordânia) e Jerusalém | AFP e Reuters

Um israelense foi morto neste domingo (16) após ser esfaqueado por um palestino na Cisjordânia.

Foi o primeiro ataque desse tipo desde o final de julho. Também neste domingo, o palestino Sohaib Abou Kachef, 16, ferido a tiros em 3 de agosto por soldados israelenses durante confrontos na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, morreu.

A vítima israelense, Ari Fuld, 45, nasceu nos EUA, era pai de quatro filhos e morava na colônia de Efrat. Ele estava em frente a um shopping no cruzamento de Goush Etzion, um bloco de colônias israelenses na zona sul da Cisjordânia, quando foi golpeado nas costas.

Palestinas lamentam a morte de Sohaib Abu Kashef, 16
Palestinas lamentam a morte de Sohaib Abou Kachef, 16 - Ibraheem Abu Mustafa/Reuters

O autor do crime, Khalil Jabareen, 17, pertencente a uma família natural do vilarejo de Yatta, ao sul de Hebron, foi baleado sem gravidade, de acordo com as forças de segurança palestina. 

Convidado com frequência a programas de televisão estrangeiros para defender a posição de Israel em inglês, sua língua materna, Fuld havia criado uma página no Facebook intitulada "Israel Defense Page". Ele postava vídeos promovendo o seu país e a colonização israelense na Cisjordânia.

A ministra da Justiça de Israel, Ayelet Shaked, chamou a vítima de "herói que lutou para defender Israel e até o último momento contra o terrorismo".

Já o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu expressou pelas redes sociais suas condolências à família, dizendo que Fuld foi um homem "que lutou para defender a verdade sobre Israel".

Quem também se manifestou foi o embaixador dos EUA em Israel, David Friedman.  "Os EUA estão de luto por um de seus cidadãos brutalmente assassinados por um terrorista palestino", disse.

Fawzi Barhoum, porta-voz do Hamas, qualificou o esfaqueamento na Cisjordânia de “resposta natural aos crimes israelenses contra palestinos” no território ocupado. O grupo não reivindicou a responsabilidade pelo ataque.

Ataques de palestinos, sem ligação com grupo de militantes, contra israelenses têm sido esporádicos desde 2015, um ano após o fracasso de negociações de paz.

O último ataque com mortes tinha ocorrido em 26 de julho, quando um colono foi morto e outro ferido por um palestino.

As colônias são assentamentos civis israelenses nos territórios palestinos ocupados. Um total de 179 palestinos de Gaza foram mortos por tiros israelenses desde 30 de março. Um soldado israelense foi morto.

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