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Líder cubano apoia casamento gay em nova Constituição

Desde revolução de 1959, comunidade LGBT é discriminada no país

O líder da ditadura cubana, Miguel Díaz-Canel (esq.), ao lado do primeiro-secretário do Partido Comunista, Raúl Castro, em Havana - Alexandre Meneghini - 1º.mai.18/Reuters
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O líder da ditadura cubana, Miguel Díaz-Canel, disse neste domingo (16) que defende a inclusão do casamento entre pessoas do mesmo sexo na nova Constituição do país, atualmente em discussão em Cuba.

"Eu concordo, acho que reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo, sem limitações, resolve o problema de eliminar todos os tipos de discriminação na sociedade", disse Díaz-Canel, em entrevista ao canal Telesur.

Os cubanos começaram a debater um esboço de nova Constituição em meados de agosto, que reconhece a propriedade privada e abre caminho para a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma das principais demandas da comunidade LGBT da ilha.

No entanto, a possível aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo é fortemente contestada pela Igreja Católica local. "Não posso trazer preconceitos para o debate popular nesta questão", garantiu o líder cubano antes de anunciar, pela primeira vez, sua opinião pessoal sobre o assunto.

A deputada Mariela Castro, filha do ex-dirigente Raúl Castro e diretora do Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex), vem defendendo os direitos das mulheres e a comunidade LGBT há anos.

Na esteira da Revolução Cubana, minorias sexuais foram estigmatizadas e os homossexuais assediados ou mesmo enviados para campos de "reeducação". Uma política de marginalização foi então aplicada para excluí-los do serviço público.

Em 2010, o ditador Fidel Castro reconheceu as "injustiças" cometidas contra os homossexuais que forçaram o exílio de muitos intelectuais e artistas nos anos 1960, 1970 e 1980.

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