O Ministério Público da Venezuela ordenou nesta quarta-feira (19) a prisão de nove diretores e ex-diretores de subsidiárias da petroleira estatal PDVSA por suposta corrupção.
Com eles, são 90 os funcionários processados pela Procuradoria-Geral, aliada do ditador Nicolás Maduro, em um ano. Opositores e dissidentes chavistas acusam o regime de fazer um expurgo na empresa.
Segundo o procurador-geral, Tarek William Saab, a ação diz respeito à compra de 400 caminhões-tanque em 2010, dos quais 168 foram entregues sem “as especificações técnicas apropriadas para seu uso”.
Os danos patrimoniais superam US$ 18 milhões (R$ 74 milhões), disse o procurador. Três ex-presidentes e ex-gerentes-gerais da Empresa Nacional de Transportes, subsidiária da PDVSA, estão entre os acusados.
Segundo Saab, as compras foram feitas de duas empresas no México, quando eram tradicionalmente feitas de empresas chinesas. Uma delas, afirma, seria fantasma.
A investigação se soma a outras executadas pelo MP contra a corrupção na petroleira estatal, quando a produção de petróleo, que equivale a 96% da renda do país, está em colapso.
Entre os denunciados pelo crime estão Rafael Ramírez, presidente da PDVSA durante a Presidência de Hugo Chávez (1999-2013). Em agosto, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela autorizou um pedido de extradição dele para a Espanha.
Ramírez rompeu com Maduro no final do ano passado.
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