Rod Rosenstein, secretário-assistente da Justiça dos EUA, deve deixar o cargo, afirmaram vários meios de comunicação americanos nesta segunda-feira (24). Não está claro se ele renunciaria ou se esperaria ser demitido.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, negou que a saída já esteja decidida e afirmou que Rosenstein vai conversar com o presidente Donald Trump na quinta-feira (27).
Número 2 do Departamento da Justiça e responsável por supervisionar a investigação sobre o papel da Rússia nas eleições presidenciais de 2016, Rosenstein havia sugerido gravar secretamente uma conversa com o presidente Trump, para expor o caos no governo, segundo revelou reportagem do jornal The New York Times na última sexta-feira.
Ele também discutiu recrutar membros do gabinete a fim de invocar a 25ª Emenda à Constituição americana, que permitiria declarar o presidente inapto e removê-lo do posto.
O secretário-assistente afirmou que a reportagem era "imprecisa e factualmente incorreta".
Rosenstein assumiu a supervisão da investigação russa depois que seu chefe, o secretário da Justiça Jeff Sessions, ter se declarado impedido devido a seus contatos com o embaixador russo em Washington enquanto atuava como conselheiro de campanha de Trump.
Trump frequentemente chama a investigação, a cargo do procurador especial Robert Mueller, de "caça às bruxas".
O ex-diretor do FBI Andrew McCabe afirmou estar "profundamente preocupado" com uma eventual saída de Rosenstein, afirmando que ela coloca em risco a investigação.
"Não há nada mais importante à integridade da lei e do estado de direito do que proteger a investigação do procurador especial [Robert] Mueller", disse McCabe em nota.
McCabe foi demitido por Sessions em março após um órgão interno do departamento tê-lo acusado de má conduta.
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