Síria diz na ONU que guerra contra terroristas está quase no fim

Chanceler diz que o país está pronto para repatriar os que fugiram da guerra

Nova York | Reuters, Associated Press e AFP

 O chanceler da Síria, Walid al-Moallem, afirmou em discurso na Assembleia Geral da ONU neste sábado (29) que a luta de seu país “contra o terrorismo está praticamente acabada”.

Al-Moallem afirmou ainda que o governo sírio vai liberar o país de todas as tropas estrangeiras “ilegítimas”. 

Ele citou os EUA, a França e a Turquia como exemplo de países que estão na Síria sem terem sido convidados e que devem sair “imediatamente”. Serão considerados “forças de ocupação e receberão tratamento adequado”, disse. 

Os EUA têm cerca de 2.000 soldados no norte da Síria, em combate contra militantes do Estado Islâmico.

O chanceler disse que seu país aceita ajuda para a reconstrução de países não envolvidos em “agressões contra a Síria” e que países que ofereçam ajuda condicional não são “nem convidados, nem bem-vindos”.
 

“Aceitamos qualquer assistência para a reconstrução daqueles países que não fizeram parte da agressão à Síria”, disse. “Aqueles que só oferecem ajuda condicional ou que continuam a apoiar o terrorismo não são nem convidados nem bem-vindos.” 

Segundo Al-Moualem, a Síria já está pronta para a repatriação voluntária dos milhares que fugiram do país durante os mais de sete anos de guerra em que mais de 400 mil pessoas foram mortas. 
 

“A situação no terreno está mais estável e segura, graças ao combate ao terrorismo. Todas as condições estão presentes para o retorno voluntário dos refugiados.” 
 

Forças sírias, com apoio de Rússia e Irã, recuperaram boa parte do território ocupado por forças rebeldes. Uma ofensiva das forças do ditador Bashar Assad em Idlib, o último bastião rebelde, foi revertida na semana passada após um acordo entre Rússia e Turquia para criar uma zona desmilitarizada em torno da província. 
 

O chanceler também criticou as pressões sobre a formulação de uma nova Constituição. Nesta semana, os EUA e outros seis países formaram um comitê para começar a redação de uma nova Constituição para a Síria e para promover uma transição política no país árabe. 

“Quaisquer condições no trabalho do comitê não serão aceitas.”
 

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