Temer é ausência no jantar oferecido por Trump a líderes em Nova York

Presidente dos EUA recebe chefes de Estado e governo que viajam à Assembleia-Geral da ONU em hotel

Temer aparece à frente descendo a escada, seguido de quatro ministros e assessores
O presidente Michel Temer desce do avião presidencial ao chegar no domingo (23) a Nova York - Cesar Itiberê - 23.set.18/Presidência da República
Danielle Brant
Nova York

O tradicional jantar oferecido pelo presidente americano em Nova York na noite desta segunda-feira (24) em homenagem aos líderes mundiais que participam da Assembleia-Geral da ONU tem na lista nomes como o do argentino Mauricio Macri e, entre as ausências confirmadas, a de Michel Temer.

À Folha, o Itamaraty disse que não havia previsão de que Temer participasse do jantar oferecido pelo republicano Donald Trump, sobre o qual há poucos detalhes conhecidos. 

Questionada sobre se a ausência era fruto da corrida agenda do brasileiro —Temer fica menos de 48 horas em Nova York—, a Chancelaria se limitou a repetir que “não está previsto jantar com o Trump.”

Na manhã desta terça (25), o secretário de comunicação da Presidência, Márcio de Freitas, afirmou que  a representação do Brasil na ONU recebeu o convite de Trump endereçado a Temer e declinou. Ele não informou o motivo.

A recepção é realizada no Lotte New York Palace Hotel, perto do Rockfeller Center, em Nova York. Trump e a primeira-dama, Melania, recebem chefes de Estado e de governo no local. A participação de Macri estava na agenda oficial divulgada pelo argentino.

No ano passado, Temer estava entre os convidados para o evento, ao lado do então presidente colombiano, Juan Manuel Santos, do panamenho Juan Carlos Varela (Panamá) e da vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti.

À época, Temer disse ter debatido com o americano e os demais líderes presentes o problema enfrentado pelos refugiados venezuelanos. Ao chegar ao evento, foi recebido por protestos de um grupo de dez pessoas.

No domingo (23), outro jantar oferecido por Trump, desta vez ao premiê japonês, Shinzo Abe, gerou controvérsia. O presidente e Abe jantaram na Trump Tower, em um encontro que durou duas horas e meia.

Eles debateram temas como comércio bilateral e Coreia do Norte. Mas muitos críticos questionaram a escolha do local, em detrimento da Casa Branca. 

Em tuíte, um internauta perguntou: “Então há um jantar oficial de Estado sendo conduzido em uma propriedade de Trump ou um jantar privado sendo conduzido por um presidente em seu local de negócios? É um problema, em qualquer caso.”

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