Bulgária prende suspeito de estuprar e matar jornalista de TV

Polícia não vê indícios de que morte de Viktoria Marinova tenha ligação com sua profissão

Sófia | AFP

Um homem suspeito do estupro e assassinato da jornalista búlgara Viktoria Marinova foi detido na terça-feira à noite na Alemanha, anunciaram as autoridades búlgaras.

"A investigação permitiu identificar um homem que foi detido à noite pela polícia da Alemanha a nosso pedido", afirmou o ministro do Interior da Bulgária, Mladen Marinov.

"Temos provas suficientes que relacionam esta pessoa ao local do crime e à vítima", completou.

Retrato de Viktoria Marinova ao lado de flores em Ruse, na Bulgária
Retrato de Viktoria Marinova em Ruse, na Bulgária - Filip Dvorski/AP

O procurador-geral Sotir Tsatsarov declarou que as autoridades não consideram, no momento, que o assassinato esteja vinculado à atividade profissional da vítima. "Mas seguimos explorando todas as hipóteses", disse.

O suspeito, nascido em 1997 e identificado como Severin Kasimirov, já era procurado por assassinato e estupro, informou o procurador. 

"As provas que temos no momento apontam para um ataque espontâneo para abusar sexualmente da vítima", afirmou Tsatsarov.

O corpo de Viktoria Marinova, 30, diretora administrativa e apresentadora do canal local TVN, foi encontrado no sábado em um parque da cidade de Ruse, região norte do país.

O assassinato da jornalista, que foi agredida, violentada e estrangulada, provocou uma onda de indignação na Europa.

O interesse recente da vítima por acusações de corrupção contra empresários e políticos provocou a suspeita de um assassinato motivado por sua profissão.

Marinova é a terceira jornalista assassinada na União Europeia nos últimos 12 meses.

A mais conhecida repórter investigativa de Malta, Daphne Caruana Galizia, foi morta com uma bomba colocada em seu carro em outubro do ano passado. Em fevereiro deste ano, o jornalista eslovaco JanKuciak foi morto a tiros.​

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