Descrição de chapéu Venezuela

Ex-deputada e líder opositora é agredida em evento político na Venezuela

Atingida outras vezes por militantes chavistas, María Corina Machado acusa Maduro de ordenar ação

Sentada e de blusa verde sem mangas, María Corina gesticula com a mão. Ao fundo, um mural com fotos diversas.
A líder opositora venezuelana María Corina Machado foi agredida em evento no sul do país; ela acusa o regime de ter ordenado a ação - Federico Parra - 23.nov.17/AFP
Caracas e São Paulo | AFP

A ex-deputada venezuelana María Corina Machado, uma das principais dirigentes da oposição ao regime de Nicolás Maduro, foi agredida por um grupo de homens que ela afirma serem ligados ao ditador em Upata, no sul do país.

Seu partido, o Venha Venezuela (direita liberal), disse que ela foi alvo de pedras, paus e objetos cortantes em um ato nas ruas da cidade nesta quarta-feira (24). A agremiação publicou fotos dela feridas e vídeos do tumulto.

Na sequência da agressão, Machado disse ter sido alvo de um atentado. “Eles acham que vão nos enfraquecer ou parar. Não entenderam nada, porque o que aconteceu hoje nos dá mais força. Voltaremos a ir às ruas!”

Nesta quinta (25), ela acusou Maduro de ser o mandante e chamou a ditadura de “regime criminoso com psicopatas no poder”. “A saída de Maduro é o início da transição democrática e da reconstrução”, disse ao jornal El Nacional.

Também disse ter sido seguida por integrantes do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência, a política política do regime) desde que saiu de Caracas. “Enviaram mensagens de que não iam nos deixar chegar a Upata.”

A embaixada americana em Caracas condenou a agressão. “Estamos profundamente consternados em relação ao ataque contra María Corina Machado e outros assessores. A violência nunca é a solução”, disse em um canal oficial.

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, exigiu o fim dos ataques à ex-deputada, que em outras ocasiões já foi alvo de militantes chavistas. O embaixador da França em Caracas, Romain Nadal, pediu respeito às diferenças políticas.

Já o número dois do chavismo e presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, debochou da acusação e disse que a adversária quer se tornar mártir. “Águia não caça moscas”, disse, citando um ditado venezuelano.

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