Furacão Michael toca solo na Flórida com ventos de mais de 200 km/h

Embora tenha sido reduzido potência, autoridades mantêm alerta; uma pessoa morreu

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Panama City (EUA) e Tallahassee (EUA) | AFP e Reuters

O furacão Michael atingiu nesta quarta-feira (10) a Flórida com ventos de 249 km/h, o mais intenso a tocar terra na região continental dos EUA em quase 50 anos, embora a tempestade tenha perdido força durante o dia.

Até o momento a tempestade deixou um morto —um homem atingido em uma queda de árvores em Greensboro, na Flórida. Cerca de 400 mil imóveis estão sem luz no estado e nos vizinhos Geórgia e Alabama.

O fenômeno tocou terra pela manhã em Mexico Beach, no noroeste do estado, como um furacão categoria 4 (tendo como máximo 5). No entanto, os ventos arrefeceram ao longo do dia e fez com que ele atingisse o nível 1.

Segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA, às 21h locais (22h em Brasília) a tempestade avançava com 140 km/h de ventos e seu olho estava a 130 km a sudoeste de Macon, na região central da Geórgia.

Nas áreas costeiras, como Mexico Beach e Panama City, há inundações, danos estruturais, árvores e postes caídos, além de casas destruídas. No início da noite, moradores saíram de suas casas para verificar parte dos danos.

“Foi sinceramente assustador. Foi muito barulho. Nós achamos que as janelas fossem quebrar a qualquer momento. Parte dos vidros tínhamos coberto com lençóis”, disse Vance Beu, moradora de um apartamento em Panama City.

O governador do estado, Rick Scott, anunciou à tarde que as buscas começarão assim que possível. “Se você e sua família passaram pela tempestade em segurança, a pior coisa a fazer agora é atuar de forma torpe.”

Antes da chegada do furacão, o Serviço Meteorológico Nacional na capital do estado, Tallahassee, divulgou um apelo para que as pessoas obedeçam as ordens de saída de suas casas.

“O furacão Michael é um fenômeno sem precedentes e não pode ser comparado com nenhum dos anteriores. Não arrisque sua vida, saia AGORA se você recebeu a ordem para fazer isto”, afirma o comunicado.

Na terça-feira, o presidente Donald Trump emitiu uma declaração de estado de emergência para a Flórida, o que permite liberar material e recursos federais.

Depois da Flórida, o Michael pode afetar “partes da Geórgia e, lamentavelmente, outra vez a Carolina do Norte e do Sul”, já atingidas pelo furacão Florence no mês passado, disse o presidente.

O Florence deixou 40 mortos e provocou danos avaliados em bilhões de dólares.

No ano passado, uma série de furacões catastróficos atingiu o Atlântico ocidental. Os mais devastadores foram Harvey no Texas, Irma no Caribe e Flórida e Maria, que atingiu o Caribe e deixou quase 3 mil mortos no território americano de Porto Rico.

A temporada de furacões no Atlântico termina em 30 de novembro.

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