Pelo menos 1.200 detentos fugiram de três prisões diferentes na Indonésia, aproveitando da confusão gerada pelo terremoto que atingiu a ilha de Sulawesi e deixou pelo menos 844 mortos. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (1º) pelo governo.
Segundo um responsável do Ministério da Justiça, Sri Puguh Utami, os presos fugiram das penitenciárias de Palu, uma das mais atingidas pela catástrofe, e Donggala.
A prisão de Palu foi construída para abrigar 120 pessoas. Depois do tremor ocorrido na sexta-feira (28), seguido de um terremoto, 581 detentos fugiram do local. “Depois do terremoto a água entrou no prédio e os prisioneiros entraram em pânico”, disse Utani.
De acordo com ele, o início de inundação não foi provocado pelo tsunami. “Eles fugiram porque se assustaram com o terremoto”, declarou.
Já a prisão de Donggala foi incendiada pelos próprios prisioneiros, provocando a fuga de 343 pessoas. De acordo com o Ministério da Justiça, os presos estavam preocupados com suas famílias e queriam uma permissão especial para sair. Diante da demora da autorização, botaram fogo no estabelecimento, que abriga principalmente condenados por tráfico de drogas e corrupção.
Uma terceira prisão do país foi atingida, mas as autoridades não deram mais detalhes.
Falta água, combustível e medicamentos
O terremoto deixou pelo menos 844 mortos e 48 mil deslocados, segundo um último balanço divulgado pelo porta-voz da agência de gestão das catástrofes, Sutopo Purwo Nugroho. Mas esse número ainda pode subir.
Falta água, combustível e medicamentos. As redes elétricas e de telecomunicações e falta equipamentos pararam de funcionar para as equipes de resgate procurarem sobreviventes nos escombros.
O governo lançou um apelo à comunidade internacional pedindo ajuda humanitária. Os voluntários começaram hoje a enterrar as vítimas em uma fossa comum. Os corpos estão sendo colocados em locais improvisados. A tragédia é maior do que o tsunami que atingiu a ilha de Lombok, deixando mais de 500 mortos.
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