Saldo de mortos na Indonésia ultrapassa 1.200, e presidente pede reforços

Fenômeno de liquefação do solo fez com que destruição após terremoto seguido de tsunami seja maior

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Jacarta | Reuters

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, pediu nesta terça-feira (2) reforços para uma busca desesperada por sobreviventes do terremoto e tsunami que atingiram a ilha de Sulawesi, à medida que o número oficial de mortes chegou a 1.234. Quase 800 pessoas estão gravemente feridas.

Autoridades acreditam que o número ainda pode aumentar, uma vez que a maior parte das vítimas confirmadas é de Palu, uma pequena cidade localizada 1.500 km a nordeste de Jacarta, enquanto algumas áreas remotas têm estado isoladas desde que o terremoto de magnitude 7,5 provocou um tsunami na sexta-feira (27).

"Há algumas prioridades que precisamos enfrentar e a primeira é retirar e salvar vítimas que ainda não foram encontradas", disse Widodo durante reunião do governo para coordenar esforços de resgate na costa oeste de Sulawesi.

O presidente disse ter ordenado que a agência nacional de busca e resgate envie mais policiais e soldados aos distritos afetados, alguns isolados por estradas e pontes destruídas e por deslizamentos de terra.

A Cruz Vermelha disse que a situação é um "pesadelo". Relatos de seus agentes que tentam chegar a Donggala, com 300 mil habitantes e próximo ao epicentro do terremoto, são de que a zona foi fortemente afetada.

"Precisamos de água, comida, remédios, mas até o momento não recebemos nada", disse um homem não identificado em vídeo da agência Antara. 

Em Palu, ondas de até seis metros de altura atingiram a costa, enquanto hotéis e shopping centers colapsaram em ruínas. Alguns bairros foram engolidos pela liquefação do solo, fenômeno que ocorre quando o terreno sacudido por um terremoto se comporta como se fosse líquido. 

Cerca de 1.700 casas desapareceram sob a lama em apenas um bairro, onde acredita-se que centenas de pessoas estejam enterradas.

Imagens de satélite que mostram o antes e o depois de um bairro ao sul do aeroporto de Palu mostram um terreno sem qualquer sinal de vida e com sinais de liquefação. 

Entre os mortos estão 34 crianças de um acampamento de estudo bíblico, afirmou a Cruz Vermelha.

Mais de 65 mil casas foram destruídas e mais de 60 mil pessoas estão desalojadas e precisando de ajuda emergencial. 

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