Segundo acusado de ataque a ex-espião é médico de agência russa, diz site

Alexander Yevgenyevich Mishkin é militar do serviço de inteligência de Moscou

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Mishkin e, ao lado direito dele, Anatoliy Chepiga, identificado pelas autoridades britânicas como Ruslan Boshirov
Alexander Yevgenyevich Mishkin (à esquerda) foi identificado inicialmente pelas autoridades britânicas como Alexander Petrov - Polícia Metropolitana de Londres - 5.set.18/Reuters
Londres | Reuters

O segundo dos dois russos que o Reino Unido diz serem responsáveis pelo envenenamento do ex-espião Serguei Skripal foi identificado nesta segunda-feira (8) como um médico militar do serviço de inteligência de Moscou.

Segundo o site Bellingcat, especializado em casos de espionagem, trata-se de Alexander Yevgenyevich Mishkin, 39, indiciado no mês passado como Alexander Petrov. A informação também foi publicada pelo jornal Daily Telegraph.

Ele se tornou alvo de processo pelas autoridades britânicas junto com Ruslan Boshirov. Londres considera que eles entraram no país com identidade falsa para fazer o ataque com a arma química Novitchok em março passado.

Semanas atrás o Bellingcat havia dito que a identidade real de Boshirov era Anatoliy Chepiga, um coronel ligado ao Departamento Central de Inteligência (GRU, na sigla em russo), o serviço secreto estrangeiro de Moscou.

A polícia britânica não confirmou as identidades dos dois. Skripal e sua filha, Yulia, foram encontrados em um banco de praça em Salisbury, na Inglaterra, caso que levou à maior crise entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria.

Os dois se recuperaram após ficarem mais de um mês no hospital —Yulia saiu no início de abril e Skripal, em maio. Uma mulher morreu após ter contato com a mesma substância, que estava em um vidro de perfume, meses depois.

Com base em testemunhas e fontes anônimas, Bellingcat afirma que Mishkin nasceu em julho de 1979 no vilarejo de Loyga, no norte da Rússia, e até setembro de 2014 usava como endereço em Moscou o prédio da sede do GRU. 

O site também informa que, sob a identidade de Alexander Petrov, Mishkin viajou entre 2011 e 2018 para diversos países, incluindo a Ucrânia e a Transnístria, território separatista da Moldova pró-Moscou.

A Rússia nega envolvimento no envenenamento e os dois homens disseram publicamente que eram turistas que haviam visitado Londres a lazer e visitaram Salisbury, onde ocorreu o ataque, para conhecer sua catedral.

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