Descrição de chapéu Governo Trump

Democratas avançam em estados onde Trump foi vitorioso em 2016

Republicanos perderam o comando de sete governos estaduais, incluindo Michigan e Wisconsin

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Washington

Além de ganharem novas cadeiras na Câmara dos Representantes, os democratas também foram vitoriosos em sete estados governados por republicanos —entre eles, três em que o presidente Donald Trump venceu nas eleições de 2016. 

Foi o caso de Michigan e de Wisconsin, onde Trump superou a adversária do pleito de 2016, Hillary Clinton, por margens apertadas. 

No primeiro, a ex-procuradora Gretchen Whitmer venceu o advogado Bill Shuette, apoiado por Trump, por quase dez pontos percentuais, encerrando um ciclo de oito anos de governos republicanos no estado. 

Já em Wisconsin, por pouco mais de um ponto percentual, o superintendente das escolas estaduais, Tony Evers, superou o governador Scott Walker, que estava no cargo desde 2011. 

Pesquisas divulgadas no meio do ano indicavam uma queda de popularidade do republicano nos estados do Meio-Oeste que foram decisivos para a sua vitória na corrida presidencial. 

Uma pesquisa conduzida pela emissora NBC News e pelo Instituto Marista para Opinião Pública, por exemplo, mostrou que a aprovação de Trump estava abaixo dos 40% nesses dois estados.

Outro levantamento realizado pela rádio NPR e o Marista mostrou que, de julho a setembro, o apoio a democratas nestes lugares havia aumentado 13 pontos percentuais.

Levando em conta que as eleições de meio de mandato funcionam como um referendo da atual administração, o resultado não surpreende.

Já no Kansas, um dos estados mais vermelhos dos Estados Unidos que há dois anos também escolheu Trump, Laura Kelly venceu por uma margem apertada Kris Kobach, aliado de Trump cujo lema de campanha era "Make Kansas Great Again" (inspirado no "Make America Great Again" do presidente).

Os outros estados nos quais a marola democrata chegou foram Illinois, Maine, Nevada e Novo México, que elegeram Hillary Clinton em 2016 e, apesar de terem sido liderados por governadores republicanos nos últimos anos, tendem a ser mais democratas. 

Correligionários do mandatário, no entanto, mantiveram o controle da maioria dos 37 estados que estavam na disputa: 25, ante 23 nas mãos do partido da oposição. O resultado foi comemorado pelo presidente durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta (7). 

As corridas estaduais deste ano ganharam uma relevância a mais por causa do poder que os mandatários terão para aprovar ou vetar o redesenho dos mapas distritais elaborado por legisladores locais, prática conhecida como gerrymandering, após o censo de 2020. 

A mudança dos limites tem o objetivo de enfraquecer o candidato do partido adversário nas eleições, afetando a constituição do Congresso. 

O processo é alvo de crítica por parte de ativistas e organizações —algumas delas defendem que os limites sejam estabelecidos por membros de dois partidos e outros representantes independentes.

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