Ex-prefeito de NY, Bloomberg doará US$ 1,8 bilhão a universidade

Empresário disse que doação deve ajudar alunos de baixa renda a pagar por estudos na Johns Hopkins

Nova York | AFP

O ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg anunciou que vai doar US$ 1,8 bilhão (R$ 6,78 bilhões) para a Universidade Johns Hopkins, no que se acredita que é a maior doação para uma instituição de ensino superior.

O ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg fala durante fórum em Singapura
O ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg fala durante fórum em Singapura - Roslan Rahman - 6.nov.18/AFP

Bloomberg afirmou que a doação pretende ajudar os estudantes com baixa e média renda a pagar pelos estudos universitários, em um país onde os custos do ensino superior em centros de elite superam US$ 50 mil (R$ 188 mil) por ano, uma barreira intransponível para a maioria das famílias. 

"Eu tive sorte: meu pai era um contador e nunca recebeu mais de US$ 6.000 por ano. Mas eu tive condições de pagar a Universidade Johns Hopkins com um empréstimo estudantil da Defesa Nacional e ao manter um emprego no campus", escreveu Bloomberg em um artigo publicado no jornal New York Times.

"Meu diploma de Hopkins abriu portas que de outra maneira teriam permanecido fechadas, e me permitiu viver o sonho americano."

Bloomberg, que fez sua primeira doação de US$ 5 à universidade um ano depois de sua formatura, já doou desde então US$ 1,5 bilhão (R$ 5,6 bilhões) para as áreas de pesquisas, ensino e financiamento. 

A nova doação será adicionada às anteriores e servirá como ajuda ao financiamento para estudantes qualificados de famílias com baixo nível de renda. 

"Quero garantir que a universidade que me deu uma oportunidade será capaz de abrir permanentemente a outros a mesma porta de oportunidade", escreveu Bloomberg.

O empresário, no entanto, reconheceu que sua doação ajuda apenas um centro universitário em um país onde há mais estudantes em uma dezena de centros de elite que pertencem ao 1% das famílias mais ricas que alunos que procedem das famílias que estão entre as 60% da menor faixa de renda. 

E isto apesar de muitos estudantes de baixa renda terem as mesmas qualificações para serem aceitos, destacou Bloomberg. 

"Estes passos sozinhos não são suficientes. Os subsídios federais não acompanharam o ritmo do aumento dos preços e os estados reduziram a ajuda estudantil. As doações privadas não podem nem devem compensar a falta de apoio governamental", disse o empresário, que administrou a cidade de Nova York de 2002 a 2013 pelo Partido Republicano.

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