A organização internacional Human Rights Watch fez um pedido à Justiça argentina para que prenda o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, quando ele desembarcar em Buenos Aires nesta semana para participar do encontro do G20
A cúpula ocorre na cidade nos próximos dias 30 de novembro e 1º de dezembro.
O pedido se baseia em alegações de que o príncipe teria cometido abusos durante a intervenção militar no Iêmen e de que estaria envolvido no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.
A notícia foi veiculada pelo jornal americano The New York Times e repercutiu na imprensa argentina.
O pedido foi recebido pelo juiz federal Ariel Lijo, a quem caberá decidir sobre o pedido de prisão.
A ida de Mohammed bin Salman (conhecido como MBS) já estava sendo alvo de questionamentos ao governo argentino.
Em entrevista à Folha, na última quinta-feira (22), o chanceler argentino, Jorge Faurie, disse estar ciente das reclamações, mas que o príncipe era um representante de um país do G20 e, por isso, deveria ser tratado de maneira respeitosa.
Além do pedido, a Human Rights Watch também procurou organizações de direitos humanos argentinas para pressionar a Justiça.
A entidade também Por outro lado, já havia partido do príncipe um convite para encontrar-se com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, sobre o caso —Khashoggi foi morto na embaixada saudita em Istambul e o governo turco foi o primeiro a acusar MBS de participar da ação.
“Mohammed bin Salman precisa saber que ele pode sofrer um processo criminal se ele se aventurar a viajar até a Argentina", disse ao New York Times Kenneth Roth, diretor-executivo do Human Rights Watch.
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