A polícia usou canhões de água e gás lacrimogêneo para conter uma manifestação de "coletes amarelos" em Bruxelas, na Bélgica.
Os manifestantes se inspiraram no protesto contra a alta dos preços de combustíveis na França, onde que centenas de milhares de pessoas às ruas e estradas do país nas últimas duas semanas. O colete amarelo alude ao acessório que todo motorista deve levar no carro na França e vestir em caso de acidente.
Em Bruxelas, o protesto organizado pelas redes sociais contra o alto preço dos combustíveis começou de forma pacífica e, por três horas, passou pelas ruas do país até chegar ao escritório do primeiro-ministro.
"Michel, renuncie", gritavam os manifestantes, em referência ao premiê Charles Michel.
Aliado do presidente francês, Emmanuel Macron, Michel disse na quinta-feira (29) ter simpatia pela causa dos manifestantes, mas alertou que "dinheiro não cai do céu". Sua coalizão de centro-direita enfrenta eleições em maio de 2019.
A polícia disse ter prendido cerca de 60 pessoas antes dos confrontos começarem, a maioria por bloquear ruas ou carregar fogos de artifício.
Algumas dezenas dos cerca de 300 manifestantes, muitos mascarados, tentaram então passar pelas barreiras policiais e entraram em confronto com os agentes. O grupo lançou pedras e fogos de artifício contra o escritório do primeiro-ministro e destruiu ao menos duas viaturas.
A polícia usou canhões de água e gás lacrimogêneo para dispersar o grupo.
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