'Povo venezuelano não é mercadoria para ser devolvido', diz Bolsonaro

O presidente eleito contestou declarações do próximo governador de Roraima, do PSL

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Rio de Janeiro

O presidente eleito Jair Bolsonaro contestou neste sábado (24) declarações do governador eleito de Roraima pelo seu partido o PSL, Antônio Denarium, que defendeu a devolução de imigrantes para a Venezuela.

“O povo venezuelano não é mercadoria, não é produto, para ser devolvido”, afirmou.
 

Eleito em outubro para sua primeira experiência em cargo público, Denarium vem defendendo o fechamento de fronteiras e um programa de retorno dos imigrantes venezuelanos ao país vizinho.

A crise provocada no estado pelo grande número de refugiados é um dos fatores que ajudou na eleição do aliado de Bolsonaro.

O presidente eleito Jair Bolsonaro em evento da infantaria para-quedista no Rio de Janeiro - Fernando Souza / AFP


O presidente eleito voltou a citar a abertura de campos de refugiados como uma alternativa para acolher os venezuelanos. “Não podemos deixar que fiquem à própria sorte e que o governo de Roraima [fique] nessa situação.”
 

Bolsonaro defendeu ainda controle mais rígido nas fronteiras entre Brasil e Venezuela. “Tem gente que está fugindo da fome e da ditadura e tem também gente que a gente não quer no Brasil”, argumentou, em entrevista após cerimônia na Brigada de Infantaria Pára-quedista, no Rio.
 

Ele voltou a criticar os governos petistas por apoio ao ditador venezuelano, Nicolás Maduro. “Temos que entender que eles estão fugindo de uma ditadura apoiada pelo PT.”
 

“Se tivesse um governo democrático, há algum tempo teríamos tomado providências outras. Por exemplo, excluído [a Venezuela] do Mercosul pela cláusula democrática ou sequer entrado no Mercosul pelas mesmas cláusulas. A Venezuela não pode ser tratada como país democrático", concluiu.

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