De Trump aos Javalis Selvagens, veja os personagens que marcaram 2018

Ano teve disputas diplomáticas e viu o surgimento de novas lideranças pelo mundo

São Paulo

Em um ano cheio de eleições na América Latina, manifestações pelo mundo e disputas diplomáticas, novos personagens deram as caras na política internacional, por vezes disputando espaço com líderes tradicionais. 

A lista de novidades começa com o novo presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, e seu chanceler, Ernesto Araújo, que prometem uma mudança brusca na política externa do Brasil, aproximando-se de EUA e Israel e deixando de lado a China.

O presidente americano Donald Trump, aliás, foi um dos principais nomes de 2018. Da transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém ao início de uma guerra comercial contra Pequim, o republicano irritou boa parte de seus aliados internacionais, ao mesmo tempo em que enfrentou dificuldades caseiras —viu aliados condenados na Justiça e seu partido perder a maioria na Câmara. 

Trump, porém, também protagonizou um dos principais momentos de 2018: seu histórico encontro com o ditador norte-coreano Kim Jong-un em Singapura, em uma ação que diminuiu a tensão entre os dois lados. 

Enquanto isso, a Europa teve que enfrentar seus próprios problemas. O francês Emmanuel Macron se tornou alvo dos "coletes amarelos" e teve que voltar atrás em suas propostas. A alemã Angela Merkel demorou seis meses para formar um novo governo e no fim anunciou que se aposenta em 2021. E a britânica Theresa May passou o ano balançando no cargo, sem conseguir dar um rumo ao "brexit". 

Melhor para Matteo Salvini, o vice-premiê e homem forte do governo italiano, que se tornou o político mais popular do país com seu discurso anti-imigração. E para António Costa, o primeiro-ministro que lidera a coalizão de esquerda que recuperou a economia portuguesa. 

A direita radical de Salvini se fortaleceu também em outros locais, como nas reeleições de Viktor Orbán na Hungria e de Recep Tayyip Erdogan na Turquia. Mas a esquerda também deu sinais de vida, eleita com Andrés Manuel López Obrador no México, e ganhou um novo rosto nos EUA: Alexandria Ocasio-Cortez, eleita a deputada mais nova da história americana. 

Fora da política, poucos renderam tantas notícias como Elon Musk, o empresário que se envolveu em diversas polêmicas e teve que abrir mão da presidência de sua principal empresa, a Tesla. O ano também não foi bom para Mark Zuckerberg, que viu seu Facebook ser tragado para o meio do escândalo de vazamentos de dados da Cambridge Analytica. 

Mas 2018 também guardou espaço para novos heróis, como o jornalista Jamal Khashoggi, um crítico do governo saudita que foi morto ao entrar na embaixada do país em Istambul —o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman é o principal suspeito de ter ordenado o crime —, transformando-se em um símbolo da luta pela liberdade de imprensa. 

Isso sem falar nos Javalis Selvagens, o time de adolescentes da Tailândia que ficou 18 dias preso em uma caverna, em um resgate acompanhado por todo o mundo. 

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