Em mensagem anual, papa Francisco pede respeito às diferenças

Na tradicional 'Urbi et Orbi', o pontífice pediu 'fraternidade entre pessoas com ideias diferentes'

Papa Francisco lê a mensagem "Urbi et Orbi" (para a cidade e o mundo) da sacada principal da Basílica de São Pedro, no Vaticano - Max Rossi/Reuters
 
 
Cidade do Vaticano | AFP e Reuters

O papa Francisco, em sua mensagem de Natal ao mundo, pediu às pessoas nesta terça-feira (25) que vejam as diferenças como uma fonte de riqueza em vez de perigo e pediu a reconciliação em lugares dilacerados por conflitos.

O pontífice proclamou a tradicional mensagem papal "Urbi et Orbi" (para a cidade e o mundo) a dezenas de milhares de pessoas na praça de São Pedro.

Em seu discurso, no que parecia ser uma referência ao clima político em vários países, ele pediu "fraternidade entre pessoas com ideias diferentes, mas capazes de respeitar e ouvir umas às outras".

Primeiro papa da América Latina, Francisco aludiu à polarização sobre a migração, dizendo que Deus quer "amor, aceitação, respeito por esta pobre humanidade nossa, que todos nós compartilhamos em uma grande variedade de raças, línguas e culturas".

"Nossas diferenças, então, não são um prejuízo ou um perigo; são uma fonte de riqueza", afirmou o papa.

O papa, de 82 anos, pediu a retomada do diálogo entre israelenses e palestinos para "empreender uma jornada de paz que ponha fim a um conflito que por mais de 70 anos dilacerou a terra escolhida pelo Senhor para mostrar sua face de amor".

Ele pediu à comunidade internacional que trabalhe por uma solução política na Síria e disse esperar que uma trégua negociada na guerra civil do Iêmen traga alívio para uma população exaurida pela violência e pela fome.

O papa nascido na Argentina também pediu a harmonia social na Nicarágua e na Venezuela, com conflitos políticos internos.

"Que este momento de bênção permita à Venezuela encontrar a harmonia novamente", disse. 

Os milhões de refugiados ou pessoas deslocadas na África que precisam de assistência humanitária e segurança alimentar não devem ser esquecidos, disse ele.

Na Ucrânia, ele pediu "uma paz respeitosa dos direitos de todas as nações". As relações da Ucrânia com a Rússia foram travadas desde que Moscou anexou a Crimeia 2014 e apoiou os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia. 

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