Explosão de bomba perto de pirâmides mata 4 pessoas no Egito

Outras 11 pessoas ficam feridas; trata-se do primeiro ataque contra estrangeiros em quase dois anos

Cairo | AFP, Associated Press e Reuters

Três turistas vietnamitas e um guia egípcio morreram e outras doze pessoas ficaram feridas nesta sexta-feira (28), quando uma bomba colocada na rua explodiu perto do ônibus em que viajavam rumo às pirâmides de Gizé, perto do Cairo, informou o Ministério do Interior do Egito.

Dez feridos são turistas vietnamitas e um é egípcio —o motorista—  , disse nota. 

O artefato caseiro explodiu às 18h15 locais (14h45 de Brasília).  O explosivo estava sobre um muro na rua Mariyutiya, no distrito de Haram, perto das pirâmides do Egito, informou o governo do país.

Policiais investigam explosão de ônibus próximo às pirâmides de Gizé, no Egito - Amr Abdallah Dalsh /Reuters

Serviços de segurança se deslocaram imediatamente para a área e abriram uma investigação sobre o ataque, informou o ministério, sem dar maiores detalhes.

As forças de segurança isolaram a área em torno do ônibus branco, que tinha os vidros estilhaçados e parte da carroceria destruída.

O primeiro-ministro egípcio, Mustafa Madbouli, foi ao hospital Al-Haram para ver os feridos e chamou o ataque de "incidente lamentável".

"Não há um só país onde não ocorram ataques", declarou Madbouli sobre as eventuais repercussões do atentado sobre o turismo, setor-chave da economia no Egito.

Este é o primeiro ataque contra turistas estrangeiros em quase dois anos.

O turismo vem se recuperando no país após anos de retrocesso devido às turbulências políticas e à violência que se seguiram ao levante que derrubou o governo do ditador Hosni Mubarak, em 2011. 

O país recebeu 8,2 milhões de visitantes em 2017, segundo cifras oficiais. Mas o país ainda está longe dos 14,7 milhões de turistas recebidos em 2010.

O Egito combate militantes islamitas há anos na península do Sinai em uma insurgência que ocasionalmente se desloca para o interior, tendo como alvo principalmente a minoria cristã ou turistas.  ​

É provável que as autoridades aumentem a segurança em torno de igrejas às vésperas do Ano novo e das celebrações do Natal pela Igreja Copta, no mês que vem. A maioria dos 10 milhões de cristãos do Egito é de coptas.

Em 2015, o Estado Islâmico reivindicou ataque em morreram os 224 ocupantes de um avião russo que transportava turistas para o balneário de Sharm-el-Sheik, no Sinai. 

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