O aeroporto de Gatwick, na Inglaterra, voltou a ser fechado nesta sexta-feira (21), onze horas após ter sido reaberto, devido à detecção de um novo drone no local. Mas, depois de investigações, autoridades anunciaram novamente sua reabertura.
"Os voos voltaram. As medidas militares que implementamos no aeroporto nos deram a segurança necessária para reabrir o aeródromo", afirmou uma porta-voz.
Gatwick disse que 700 aviões decolariam nesta sexta, mas que ainda haveria muitos atrasos e cancelamentos.
O aeroporto chegou a ficar com 36 horas de interrupção de decolagens e aterrissagens, num incidente que afetou mais de 100 mil viajantes às vésperas do Natal. Trata-se do pior incidente de caos aéreo no aeroporto desde que uma nuvem de cinzas vulcânicas afetou voos em grande parte da Europa em 2010.
O Reino Unido empregou uma tecnologia militar não identificada para combater o que o ministro dos Transportes, Chris Grayling, disse ser a invasão de diversos drones.
"Esse tipo de incidente não tem precedentes em nenhum lugar do mundo", afirmou.
A motivação do operador, ou operadores, dos drones é desconhecida. A polícia disse que nada sugere que ação seja parte de um ataque terrorista e que nenhum grupo assumiu a autoria.
"Em termos de motivação, há todo um espectro de possibilidades, desde comportamento criminoso de alta tecnologia até potencialmente apenas indivíduos tentando ser maliciosos e prejudicar o aeroporto", afirmou o chefe-assistente da polícia de Sussex, Steve Barry.
Depois de uma onda de vendas, veículos aéreos não tripulados se tornaram uma ameaça a aeroportos ao redor do mundo.
No Reino Unido, a quantidade de quase colisões entre drones privados e aeronaves mais do que triplicaram entre 2015 e 2017, com 92 incidentes no ano passado.
A Associação Britânica de Pilotos de Aeronaves (Balpa) disse que um equipamento de detecção e monitoramento foi instalado no perímetro de Gatwick.
A Balpa se disse extremamente preocupada com o risco de uma colisão com um drone.
Voar drones dentro de 1 km de um aeroporto britânico é punível com uma pena de cinco anos de prisão.
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